Três benefícios da revelação especial para o cristão

     O nosso ponto aqui é falar sobre alguns benefícios. Podemos dizer que os benefícios são diversos. A verdade de Deus tem aplicação multifacetada para o cristão. Vejamos três benefícios da revelação especial:

Primeiro, a instrução (Rm 15. 4; 2Tm 3. 14-17). A Instrução é parte do benefício da revelação especial para o cristão. São várias as passagens que versam sobre a importância do ensino. Cito apenas duas:

Primeira: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15. 4). Instrução é o foco aqui.

Segunda: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3. 14-17). Fica claro a amplitude da importância da instrução na vida do cristão.

Segundo, a santificação (Jo 17. 17). A santificação enquanto processo também é outro benefício oriundo da revelação especial.

Mas, antes de prosseguir, é preciso dizer que a santificação tem início com a regeneração, o que nos coloca na condição de posição de santos.

Porém, a santificação enquanto processo, prossegue por intermédio da atuação de Deus mediante a instrumentalidade da palavra.

Concordo com Jonh MacAthur Jr, quando afirma que: “Há livros que mudam nossa maneira de pensar, mas a Bíblia é o único livro que pode mudar nossa natureza”.

A santificação realizada pela palavra atinge o ser humano por inteiro. Nosso corpo (1Ts 4; Rm 6. 12, 13; 1Co 6. 18-20) e o pensamento (Fp 4. 8). Tudo é atingido pela Palavra de Deus. Além disso, a santificação faz parte da vontade prescritiva de Deus para seu povo. 

A Escritura diz: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus” (1Ts 4. 3-5).

Diz mais a Escritura: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6. 12, 13).

A ênfase da Escritura não pára por aqui. Ela continua a dizer: “Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1CO 6. 18-20).

Além do mais, o Senhor Jesus orou ao Pai para que os discípulos fossem santificados pela instrumentalidade da Palavra. Assim registra a Escritura: “Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade” (Jo 17. 17).

Todavia, precisamos dizer que a santificação envolve a soberania e o poder de Deus, mas também a responsabilidade e obediência do homem.

Terceiro, a consolação (Sl 119. 50). Ainda outro benefício maravilhoso que advém da revelação especial é o consolo. Veja a seguir alguns exemplos para nossa edificação.

Assim registra a Palavra de Deus: “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica” (Sl 119. 50).

Noutro lugar encontramos ainda o testemunho do salmista que encoraja o cristão. O salmista diz: “Em meio à tribulação, invoquei o SENHOR, e o SENHOR meu ouviu e me deu folga” (Sl 118. 5). Isso é consolador.

Mais forte ainda é a ordem dada pelo Senhor Deus. Ele ordena: “invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50. 15). Portanto, a revelação especial é fonte inesgotável de consolo para o cristão.

No entanto, para que o consolo seja efetivado existe a necessidade de que o cristão conheça a revelação especial para benefício pessoal e comunitário. 

Muita gente já citou a seguinte passagem: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16. 33). Há os que conhecem parte da verdade. Porém, muita gente não sabe o que vem antes no mesmo versículo citado. 

Note que antes de falar sobre aflição, Jesus diz: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim” (Jo 15. 33). Logo é fundamental conhecer a revelação especial para receber consolo pessoal. 

Veja que quem não conhece o que foi dito pelo Senhor, por certo não desfrutará da paz em Cristo e com Cristo no dia da aflição, porque a paz nele e com ele envolve conhecimento do que foi dito.

Mas, além disso, existe a importância de conhecer a revelação especial para o cuidado comunitário. Quando você conhece, recebe alento e se torna agente para ser bênção na vida do outro: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1Ts 4. 18; 5. 11).

Portanto, tenha apego pela revelação especial, porque por meio dela você é instruído. E com a instrução você cresce na graça e no conhecimento de Jesus. A revelação especial é o meio ordinário pelo qual somos instruídos pessoalmente e comunitariamente.

Outro benefício, conforme temos demonstrado, é a santificação. Sabemos como a revelação natural promove na vida do ser humano um êxtase de admiração. As coisas criadas são admiráveis. Mas, apenas pela palavra somos santificados. A revelação natural não pode santificar a nossa vida.

Por fim, somente pela palavra somos consolados. A palavra é viva. Ela é dinâmica. Nela encontramos promessas gloriosas. Dela recebemos refrigério para o nosso coração aflito. 

O salmista sabia disso. Por isso, orou dizendo: “A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra” (Sl 119. 25). 

Por isso mesmo, pôde declarar de forma retumbante: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo dia” (Sl 119. 97). 

Aleluia! Glorificado seja o Deus que se revelou por meio da revelação especial. Viva a revelação especial! 


Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.

Pastor da IPGII - DF.

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