VIDA E MORTE: UM MINUTO FAZ DIFERENÇA
Em
16 de março de 2011, a revista Veja publicou como matéria de capa, em sua
edição especial, uma notícia bombástica sobre a maior catástrofe natural
ocorrida no país do sol. O Japão é um país que vive sob constante alerta em
relação às tragédias naturais: terremoto, tufão e maremoto são algumas
catástrofes naturais que acontece numa parte do planeta. Numa madrugada de
sexta-feira, dia 11 de março de 2011, por volta das duas horas, as pessoas cujo
país tem uma tecnologia de ponta, viveram um drama colossal. O Japão, naquela
madrugada, foi sacudido pelo maior maremoto da história do país. As pessoas, a
princípio, pensaram que se tratava de mais um terremoto “comum”, porque muitos
outros ocorrem com frequência naquele lugar. Todavia, não tardou para que o
povo percebesse que se tratava de um desastre natural gigantesco. A sensação de
algumas pessoas era de que o chão iria tragá-las, pois o solo não parava de
tremer.
O articulista da Veja,
Otávio Cabral, afirma que os japoneses jamais “haviam presenciado um
desastre natural de tamanha intensidade como o ocorrido naquela madrugada de 11
de março". Segundo Cabral, “às 2h46, de um ponto a 32 quilômetros de
profundidade no oceano pacífico, a 400
quilômetros de Tóquio, irrompeu um tremor de magnitude de 8, 9 na escala
Richter”. Com isso, aconteceu o inevitável. Diz Cabral que “ao interromper o equilíbrio das águas, o
deslocamento das placas tectônicas deu origem a ondas gigantes, de até 10
metros de altura e velocidade de 800 quilômetros por hora”. Centenas de
pessoas morreram, casas foram destruídas, prédios inteiros foram demolidos pela
fúria das ondas imensas, carros foram
arrastados e barcos foram tragados num “piscar”
de olhos.
O desastre foi terrível. Contudo,
mesmo com o tamanho da fúria da natureza dessa magnitude, a catástrofe não foi
tão devastadora como poderia acontecer noutra circunstância, e isso por várias
razões, mas aqui elencaremos cinco: Primeiro, porque o Japão sempre investiu
pesado em tecnologia, a fim de minimizar as consequências provocadas por
possíveis tragédias dessa natureza. Segundo, porque o Japão construiu em todo
arquipélago fortes e resistentes barreiras de concreto com o propósito de
reduzir a velocidade de ondas bravias. Terceiro, porque o Japão desenvolveu
construções considerando as leis da física. Quarto, porque o Japão tem um
excelente batalhão de equipe de resgate. Cabral afirma que nessa tragédia foram
mobilizados rapidamente mais de dez mil soldados, trezentos aviões e quarenta
navios de guerra para socorrer as vítimas. Diz ainda, que esse exemplo notável
da eficácia e eficiência do sistema de segurança japonesa, pois duzentas
crianças foram resgatadas poucos minutos depois da tragédia. Quinto, porque o
Japão possui “um sistema de alarme que
emite sinais sonoros, mensagens por rádio, TV, internet e celular”, afirma
Cabral. Bem, o articulista conclui o seu artigo com maestria: “Graças a esse sistema, a população japonesa
foi avisada sobre o terremoto de sexta-feira com um minuto de antecedência. É
pouco, mas pode ser o suficiente para fazer a diferença entre a vida e a morte”.
A matéria do articulista Otávio Cabral ativou em minha
memória a verdade bíblica sobre a vida e a morte, sobre a oportunidade e o
tempo, sobre a mensagem da boa nova e o perigo iminente da perdição eterna. Diríamos que
nesse caso a Palavra de Deus proclamada também é como um sistema de alarme
sonoro. Ela, quando anunciada, ecoa como um alerta sonoro para alertar os
homens e as mulheres acerca do perigo do fogo do inferno. A voz sonora do
evangelho conclama aos pecadores para que se arrependam enquanto há tempo. Foi
o Senhor Jesus quem disse: “O tempo está
cumprido, o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc
2. 15). Os apóstolos também seguiram o exemplo do Senhor Jesus. Eles alertavam
o povo com veemência: “Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (At 3. 19).
E mais, diziam eles: “Ora, não levou Deus
em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos,
em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar
o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de
todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17. 30, 31). Além disso,
diziam: “Crê no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e tua casa”. O alerta sonoro da mensagem do evangelho destaca a
condição na qual o homem se encontra, faz um alerta com uma voz altissonante
sobre uma catástrofe que acontecerá universalmente.
Ela, a palavra de Deus, além disso,
diz ao homem o que é necessário fazer para não perecer com aqueles que estão
desatentos, os quais não dão a mínima atenção para o som da mensagem
proclamada. Certa feita, o Senhor Jesus abordou o assunto de modo nevrálgico.
No contexto, o Senhor versava sobre o juízo. Eis o seu ensino: “Naquela mesma ocasião, chegando alguns,
falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os
sacrifícios que os mesmos realizavam. Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses
galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem
padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos
arrependerdes, todos igualmente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoito
sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos
os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos
arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13. 1-5). Note que Jesus
foi abordado por algumas pessoas que pensavam que as tragédias acontecidas com
certas pessoas eram resultantes da condição de pecadora delas. As coisas
trágicas que sobrevém às pessoas eram interpretadas como sendo um qualificador
da situação na qual se encontravam. Porém, o Senhor afirma que o escape está
condicionado ao arrependimento que é necessário a todos os seres humanos.
A oportunidade, além do mais, é tão
importante quanto o tempo. Aliás, tempo e oportunidade são inseparáveis. Um
está vinculado ao outro de modo intrínsecos. Todavia, desperdiçar a
oportunidade durante o tempo que Deus concede é um perigo, pois pode ser que
nunca mais terá outra chance para a vida eterna. Por certo, você já ouviu ou
mesmo já tenha pronunciado o seguinte adágio popular: “um minuto de bobeira”. Essa expressão é proferida quase sempre que
uma pessoa desperdiça alguma oportunidade. Deixar de fazer alguma coisa que
deve ser feita de modo imediato pode resultar numa tragédia irreparável. Um
minuto pode ser o tempo necessário para a alteração da existência de uma
pessoa. Em apenas um minuto tudo pode ser perdido, mas também a história pode
ter outro desfecho. De sorte que o minuto que faz toda diferença entre a vida e
a morte exige peremptoriamente uma decisão sábia, urgente e imediata. Diríamos,
portanto, que um minuto pode fazer toda diferença entre a vida e a morte, se os
ouvidos ouvirem os sinais sonoros da mensagem do evangelho que alerta o homem
sobre o perigo iminente da perdição eterna. Ouça a voz do evangelho agora
mesmo. Seja você aquele que proclama os sinais sonoros do evangelho. Os sinais
sonoros são verdadeiros, portanto, creia! Os sinais sonoros são necessários,
portanto, grite para que outros ouçam, porque um minuto faz diferença entre a
vida e a morte.
Rev. Fabio Henrique de Jesus
Caetano
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