COMO DEUS QUER QUE O SIRVAMOS
É sabido que de alguma forma
todos servimos a alguém ou a alguma coisa. Pode ser que estejamos servindo a
Deus, mas também é possível que o nosso serviço esteja sendo dedicado ao mundo,
ao diabo ou a nós mesmos. Por certo, agora mesmo estamos prestando algum tipo
de serviço, porque na verdade não existe neutralidade nesse campo.
Além disso, existe a questão da
motivação pela qual estamos servindo. A motivação é aquele combustível que nos
impulsiona a fazer alguma coisa para alguém. Ela pode ser nobre, mas também
pode ser mesquinha. Às vezes a motivação para servir pode ser por pura vaidade.
Também pode ser pela busca do reconhecimento popular. As possibilidades não
param por aqui, porque as variáveis são muitas.
O apóstolo Paulo conseguiu identificar a diversidade da faceta da motivação. As
múltiplas possibilidades ocorrem até mesmo com aquilo que é nobre. Ele afirma:
“É verdade que alguns anunciam a
Cristo por inveja e rivalidade, mas outros o fazem de boa vontade. Estes pregam
por amor, pois sabem que fui designado para defender as boas-novas. Aqueles, no
entanto, anunciam a Cristo por ambição egoísta, não com sinceridade, mas com o
objetivo de aumentar meu sofrimento enquanto estou preso. Mas nada disso
importa. Sejam as motivações deles falsas, sejam verdadeiras, a mensagem a
respeito de Cristo está sendo anunciada, e isso me alegra. E continuarei a me
alegrar” (Fp 1. 15-18).
Portanto, não é incomum encontrar
pessoas que estejam servindo por várias motivações. Entendo, entretanto, que é
melhor fazer a coisa certa, com a motivação certa e usando o método certo, pois
apenas assim faremos o que tem que ser feito para a glória de Deus.
Na Escritura recebemos muitos
estímulos do Senhor para o serviço. Somos encorajados o tempo todo ao serviço,
diríamos que mais do que encorajamos, somos ordenados a servi-lo.
Por isso, creio que todos sabemos
que é nosso dever servir. Todavia, embora o Senhor deseje que o sirvamos,
entretanto, Ele estabeleceu o modo como devemos servi-lo. Aqui vamos destacar duas
verdades que precisamos observar:
Primeiro, Deus quer que o
sirvamos com alegria. Assim ordena a Escritura: “Sirvam ao SENHOR com
alegria, apresentem-se diante dele com cântico” (Sl 100. 2). São vários os
princípios que orientam como devemos servir o Senhor Deus. Aqui, porém, temos
um princípio sobre a questão da alegria na execução do serviço ao Senhor.
Sabemos que o trabalho cristão é
árduo por natureza e, por isso, não é raro encontrarmos pessoas cuja atuação no
serviço cristão tem sido pesada. Por diversas vezes o cansaço, o abatimento e a
falta de ânimo se fazem presentes na vida daqueles que foram chamados para
servir com alegria.
Por tais razões e outras, a
alegria não se encontra presente, por que será? Porque o trabalho tem sido
feito sem que a pessoa tenha alegria no Senhor. Para que o serviço seja feito
com alegria, a pessoa que faz o serviço precisa ter alegria naquele que deu o
trabalho a ser realizado.
Diante disso, a recomendação
apostólica fica bem aqui: “Alegrem-se sempre no Senhor. Repito: alegrem-se!” (Fp
4. 4). Jamais serviremos com alegria, se não tivermos alegria no Senhor.
Segundo, Deus quer que o
sirvamos com integridade. Assim diz a Escritura: “Portanto, temam o SENHOR
e sirvam-no de todo o coração. Lancem fora os ídolos que seus antepassados
serviam quando viviam além do Eufrates e no Egito. Sirvam somente ao SENHOR” (Js
24. 14). Note que servir assim como é estabelecido pela ordem divina é uma
questão de inteireza do coração. O coração precisa ser totalmente entregue ao
Deus da nossa salvação.
O povo da aliança foi tirado de
uma terra pagã, mas, agora estava numa terra também eivada pelo paganismo.
Todavia, o pior de tudo é que o povo havia mantido na bagagem ídolos da vida
pregressa de seus ancestrais, o que resultava numa parcialidade no serviço,
porque o coração dividido impede o povo de servir com integridade e fidelidade.
Certa feita, o profeta Elias
confrontou o povo, dizendo: “Até quando ficarão oscilando de um lado para o
outro? Se o SENHOR é Deus, sigam-no! Mas, se Baal é Deus, então sigam Baal” (1Rs
18. 21). Muito tempo mais tarde, o Senhor Jesus diria: “Ninguém pode servir
a dois senhores, pois odiará um e amará o outro; será dedicado a um e
desprezará o outro” (Mt 7. 24). Sendo assim, é impossível servir com
inteireza de coração se o coração estiver dividido.
A situação é a seguinte: quando
uma pessoa nutre amor reservado e afeição escondida no coração pelo amante,
então tal pessoa jamais conseguirá ser íntegra na dedicação da sua vida àquele
a quem devotou amar com fidelidade. Sendo assim, nunca será fiel no serviço a
ser prestado, a não ser que haja ruptura radical com aquele ou aquilo que tem
que ser abandonado de uma vez por todas.
De modo que servir com
integridade e fidelidade vai além do comportamento, porque o comportamento,
embora possa ser um reflexo do interior do coração, entretanto, ele também pode
ser uma roupagem da hipocrisia religiosa. Por isso, Deus exige que o sirvamos
com integridade. Ele determina que os ídolos sejam abandonados, porque o Senhor
Deus quer exclusividade no serviço. Deus quer tudo que temos e tudo que somos.
Fica claro que o Senhor Deus não
aceita parcialidade no serviço que devemos dedicá-lo. O Senhor Jesus como o
nosso advogado não aceita advogar nossa causa se desejarmos que uma equipe de
advogados faça parte do seu trabalho. Assim também Deus não aceita uma parte da
nossa dedicação, ele quer a totalidade. Portanto, o Senhor quer que o
sirvamos com integridade.
Não temos dúvida que precisamos
servir mais e com excelência, o serviço faz parte da nossa missão. Porém, mais
do que conhecer sobre a doutrina da diaconia, isto é, o serviço, também
precisamos considerar a forma como devemos servir. Deus quer que o sirvamos com
alegria e com integridade, a exigência divina é inegociável.
Agora, se você não tem servido,
ou quem sabe não tem servido da forma que é para servir, então pare agora mesmo
e reconheça o seu pecado. Depois de reconhecer, vá ao Senhor Deus em oração,
confesse e peça perdão, porque quem confessa os seus pecados e os deixa alcança
misericórdia (Pv. 28. 13). Você precisa proceder assim urgentemente. Por
fim, não se esqueça que Jesus Cristo morreu também por tais negligências e
pecados.
Família IPGII, pela graça de Deus
servimos ao Senhor em 2024. Portanto, conclamo cada membro da IPGII para que,
em 2025, sigamos servindo com alegria e com integridade. Além disso, vamos
mirar naquele que é o modelo supremo de serviço. Em 2025 sejamos proativos,
humildes e intencionais no serviço. Que o Senhor Deus nos abençoe em tudo que
fizermos. Por fim, desejamos a todos um Feliz Ano Novo!
Por: Rev. Fabio Henrique de
Jesus Caetano.
Pastor da IPGII – DF.
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