OFERTA: DEMONSTRAÇÃO VOLUNTÁRIA DE GENEROSIDADE
O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente. |
Sinceramente, não gosto de falar de dinheiro na igreja. Todavia, não posso me furtar do dever de discorrer acerca dessa matéria. Confesso que têm assuntos que se pudesse pular, pode estar certo, eu pularia. Não sei bem o porquê faria assim, mas com toda certeza faria. Suspeito que o motivo é porque não quero ser associado com determinadas pessoas que falam sobre o assunto. Sabe por quê? Porque infelizmente muitos tratam sobre determinados temas de modo leviano. Vários líderes assumem determinadas posturas equivocadas quanto à mordomia cristã, especialmente quando o assunto é dinheiro. E, por isso, não quero ser comparado a tais pessoas.
Tenho,
todavia, aprendido que o equívoco só será efetivamente corrigido se a verdade
for ensinada. Falo assim porque o que tenho para tratar com a igreja envolve um
tema bastante controverso. Falar de dinheiro não é fácil para mim nem para você.
Digo isso porque muitos usam uma linguagem religiosa para tirar proveito
daqueles que são incautos, outros usam argumentos enérgicos para embasar a sua
negligência. Esteja certo que são vários os motivos. No entanto, o nosso
propósito aqui é mostrar a preciosidade que é ser participante da missão de Deus
com generosas contribuições, conforme a proporcionalidade da renda de cada
cristão. Nosso propósito é abordar a questão da dedicação de oferta voluntária
enquanto demonstração de generosidade. O que determina que uma oferta é
generosa? Como posso saber se minha oferta é generosa? Como saber se o que faço
é resultado de um coração voluntário? Será que tenho ofertado com alegria? Aqui
tentaremos responder a tais perguntas à luz da Escritura.
A
oferta é generosa quando entendo que tudo vem de Deus. A oferta não é generosa
porque o valor é alto. Certa feita o Rei Davi tomou a decisão de fazer ofertas
generosas ao Senhor para a construção do templo. Após fazer a sua oferta
voluntária e generosa, Davi convoca o povo para fazer uma doação também que
fosse marcada pela liberalidade: “Quem,
pois, está disposto, hoje, a trazer ofertas liberalmente ao Senhor? (1Cr 29. 5). O rei deu o exemplo, mas, a
seguir, franqueou a oportunidade também para que o povo de Deus pudesse também
ofertar ao Senhor. O rei contribuiu, o povo também.
A
resposta do povo foi magnífica. Houve participação efetiva e efusiva do povo. “O povo se alegrou com tudo o que se fez
voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao Senhor;
também o rei Davi se alegrou com grande júbilo” (1Cr 29. 9).
Note
que o contexto está permeado de generosidade do povo. Por conta disso, Davi
louva e exalta o nome do Senhor. Suas palavras são belíssimas e comoventes: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar
voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. Senhor, nosso Deus,
toda esta abundância que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome
vem da tua mão e é toda tua” (1Cr 29. 14, 16). O que foi doado pelo rei, assim como pelo povo,
passou pelo crivo da compreensão de que tudo vem do Senhor. Entenda de uma vez
por toda que tudo pertence ao Senhor. Portanto, oferta generosa
não tem como marca o valor. Ela é prodigiosa quando compreendemos que tudo que
temos recebido tem origem metafísica. Tudo vem de Deus.
Tantas
vezes fechamos o coração porque esquecemos de quem vem o nosso dinheiro. Por
isso mesmo, pensamos equivocadamente que os recursos são nossos. Pesamos que o
que temos é fruto de nossa engenhosidade, força e sapiência. Esquecemos que
nada é nosso, tudo é Dele. Tudo pertence ao Senhor. Não somos donos de coisa
alguma. Somos sim, mordomos! A falta de entendimento
de que tudo é Dele pode gerar a avareza. Avareza é o apego ao dinheiro por
desprezar sua fonte e propósito. O avarento foi dominado pelo materialismo. Ele
esqueceu a origem de seus recursos financeiros. Para o avarento o bastante
nunca basta. Para ele o bastante jamais é suficiente. Sendo assim, nunca doará
uma oferta generosa, pois o seu coração tem profundo apego ao dinheiro. Mas, se
nalgum momento fizer alguma doação, jamais será com liberalidade, pois será
sempre fruto da sobra.
Concluímos, portanto, que a oferta que expressa a
generosidade é gestada pela compreensão da sua origem. Tudo vem de Deus, tudo é
de Deus. Sendo assim, a dedicação de nossas ofertas será uma clara e autêntica demonstração
de voluntariedade e alegria. Foi assim que Davi entendeu: “Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te
agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente todas
estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz
ofertas voluntariamente. Senhor, Deus de nossos
pais Abraão, Isaque e Israel, conserva para sempre no coração do teu povo estas
disposições e pensamentos, inclina-lhe o coração para contigo” (1Cr 29.
17, 18). Definitivamente finalizo com a pergunta da Escritura: “Quem, pois, está disposto, hoje, a trazer
ofertas liberalmente ao SENHOR?” (1Cr
29. 5). Se há disposição em teu coração, aqui vai
dois conselhos: primeiro, se for
dedicar uma oferta ao Senhor, em o nome do Senhor Jesus, lembre-se que tudo que
você tem é Dele; segundo, se for
dedicar uma oferta ao Senhor, faça-o de modo voluntário e alegre.
Sabe por quê? Porque Deus não se agrada daquele que contribui com tristeza nem
por necessidade. Verdadeiramente, a Escritura afirma: “Deus ama a quem dá com alegria” (2Co 9. 6).
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