CRISTO, VOCÊ E A IGREJA
Direto ao ponto: o que você acha da igreja? Você acha a igreja
atrativa? Como você vê a igreja? Cuidado, não seja precipitado em seu juízo de
valor. Por que devemos ter cautela naquilo que vamos falar acerca da igreja?
Porque a igreja somos nós (eu, você e o outro). A igreja é um reflexo de cada membro.
Temos na igreja pessoas de diferentes matizes, com personalidades diversas e
com formação diversificada. Entretanto, isso não altera a ideia de unidade. Todos
os membros da igreja pertencem ao mesmo corpo. A igreja é formada por muitos membros,
no entanto, está vinculada em um mesmo corpo (1Co 12.12,13). Logo, se existe
alguma coisa passível de crítica à igreja, então, cuidado, pois você é a
igreja. Ela é um pouco daquilo que você é e faz. Se a igreja é fria, logo, você
também é frio. Se não é acolhedora, é porque você não é acolhedor. Se o culto
não é vibrante, é porque você também não tem nenhum entusiasmo. Se a igreja é mundana,
é porque de alguma forma você também não prioriza os valores do reino de Deus.
Jamais devemos fazer um corte “cirúrgico” para falar da igreja como se não
pertencêssemos a ela.
Deixe-me contar-lhes uma história. Uma prostituta que vivia em Chicago
não tinha condição de saldar os seus compromissos. Ela estava doente, não tinha
como comprar comida e fazia uso de droga. Tinha uma filha de dois anos de idade.
Diante da situação, a prostituta contou que estava “alugando a filha” – de
apenas 2 anos de idade! – a homens interessados em sexo pervertido. Ela ganhava
mais alugando amenina por uma hora do que poderia ganhar ela mesma em uma
noite. O evangelista estava em conflito, pois precisava denunciá-la. Ele a
ouvia atentamente. “Finalmente, perguntei se ela nunca havia pensado em ir a uma
igreja para pedir ajuda. Nunca me esquecerei do olhar assustado que vi em seu
rosto: ‘Igreja!’, ela exclamou. ‘Por que eu iria a uma igreja?... Eu já me
sinto terrível o suficiente. Eles vão me fazer me sentir ainda pior”
(PhilipYancey Maravilhosa Graça).A igreja
tem sido chamada de comunidade terapêutica. Pela sua natureza, deveria ser um
povo transmissor de graça, porém, muitas vezes, se parece com uma comunidade moderna
de fariseus acusadores.
Gosto muito da forma como Charles R. Swindoll define igreja. Ele
diz que: “a igreja é uma família; na realidade, ela é uma família de famílias. Algumas
famílias são grandes, outras pequenas. Algumas famílias são saudáveis e outras
problemáticas. As famílias se apresentam em todas as formas, tamanhos, sabores
e preferências. Assim também ocorre coma igreja”. Diríamos, então, que a igreja
é a extensão de nossa família. Isso posto, deve levar-nos a uma avaliação da
nossa vida comunitária como igreja. Se a igreja é uma família, logo, precisamos
entender que somos todos irmãos, independentemente da nossa pele, formação e status
social. Temos o mesmo DNA. Somos filhos do mesmo Pai. Amados com o mesmo amor.
Alcançados pela mesma graça. Contemplados pelo mesmo perdão. Se a igreja é uma
família, logo, devemos desejar as presenças uns dos outros. Ninguém abdica de
seu convívio familiar. Quando viajamos, depois de um tempo, queremos voltar
para abraçar a nossa família. A compreensão de igreja deve gerar esse mesmo
sentimento em nosso coração. Por isso, deixo-lhes aqui uma advertência bíblica solene:
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos
admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10.25). Se
você pudesse melhorar a sua imagem, o que você faria? Você é a igreja. E agora,
qual a visão que você tem da igreja? O que você fará para melhorar aquilo que
não é legal? Tenha uma conversa franca com os seus irmãos sobre a igreja, ou
seja, sobre você como igreja.
Para refletir: A missão da igreja é ser
um porto da graça consoladora para um mundo carente de graça.
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