NÃO SE ESQUEÇA
O esquecimento é uma experiência humana. Pode ser algum tipo de demência simples, mas também pode ser uma patologia assustadora. Quando a situação tem relação com o último caso, aí fica mais difícil de ser resolvida. Mas, também o esquecimento pode acontecer por omissão ou por descuido. Há coisas na vida que devemos esquecer e deixar para trás, porém, outras jamais devem ser esquecidas. Por exemplo: a Ceia do Senhor, além de alimento para a alma, também é um instrumento para ajudar a nossa memória sobre aquilo que Jesus fez pela igreja. Pedro, usa por duas vezes uma expressão muito importante para destacar a importância de coisas que não devem ser esquecidas. Ele diz: “sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados acerca destas coisas” (2Pe 1. 12), mais adiante diz: “Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida” (2Pe 3. 1). Aqui, quero me valer do mesmo recurso, para ativar a sua memória. Portanto, eis aqui alguns conselhos sobre aquilo que você não deve esquecer:
Em primeiro lugar, não se esqueça que toda família está suscetível a algum tipo de crise. Na verdade, as crises na vida são inevitáveis. Existem crises circunstanciais, assim como crises morais e outras. De alguma forma todas servem como testes da fé. Elas são verdadeiras provas da fé daqueles que professam a sua confiança no Senhor Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus. Todavia, mesmo diante da situação complexa, Deus é soberano sobre todas as crises. Não importa qual seja a sua natureza. Ele governa sobre todas as crises da nossa vida e família. E, porque é Senhor também das crises, Ele então atua revertendo o caos. Ele é aquele que torna o mal em bem (Gn 50. 20).
Em segundo lugar, não se esqueça que Deus tem poder para reverter qualquer tipo de crise. Até aqui temos visto que o casal da aliança (Abrão e Sarai) estava numa situação embaraçosa (Gn 12. 10-16). A princípio havia enfrentado o problema que envolvia a seca. A falta de chuva havia afetado a questão econômica da família. Porém, pior do que se deparar com a falta de recursos, foi cavar uma crise que envolvia a conduta e o testemunho diante de pessoas pagãs. A situação era crítica. A crise era real e humanamente insolucionável, porém, o Senhor Deus interveio de modo providencial. Deus tinha um plano para aquela família. Logo, o seu plano jamais seria frustrado. Por isso, Deus interveio punindo a casa de Faraó com grandes pragas (Gn 12. 17). As pragas foram manifestações do juízo divino. Com isso, o curso da história, que estava fadado ao fracasso, foi alterado pela manifestação da providência divina. O Deus da família também é o Deus da história. Nada foge do seu controle.
Em terceiro lugar, não se esqueça que a moralidade é encontrada naquele que não teme a Deus. Após a intervenção divina, algo é evidenciado na vida de Faraó, o qual podemos chamar de retidão natural. A retidão natural existe até mesmo na vida de pessoas que não temem a Deus. Fica evidente a moralidade na vida de Faraó. Ele sabe o que é certo, também o que é errado. Assim que Faraó ficou inteirado do fato que envolvia a mentira contatada pelo casal, ele passou uma descompostura no crente Abrão. Ele trouxe de modo enérgico uma reprimenda para o crente. Abrão foi severamente censurado por um homem descrente. Foi uma experiência humilhante e vexatória. Que coisa triste quando aqueles que deveriam ser baluartes da verdade sucumbem diante da pressão sonegando a verdade àqueles que vivem no engano. Fica aqui a lição para todos aqueles que forem submetidos ao teste da fé. Tomem cuidado. Não negociem os valores do reino nem neguem aquilo que professam. Sejam fortes e corajosos. Sejam firmes e resolutos. Fale a verdade, mesmo que demande um alto custo.
Por fim, não se esqueça que Cristo protege efetivamente a igreja. Abraão deixou a sua esposa diante de uma situação vulnerável. Sarai ficou à mercê de sua própria sorte. Não fossem a soberania e a providência divina, a crise moral teria produzido estragos irreparáveis na vida do casal. Nunca se esqueça, porém, que Cristo jamais deixa a sua igreja em situação de vulnerabilidade. O Senhor Jesus jamais compromete a honra da sua relação com a igreja. Ela é a sua noiva amada. Mesmo quando teve que enfrentar a morte, Jesus não se esquivou, antes, pelo contrário, ele se entregou para salvar a igreja. De sorte, que o marido cristão deve imitar o Senhor Jesus Cristo, sendo capaz de amar a sua esposa sacrificialmente, a ponto de morrer por ela se preciso for. Cristo não deixa a sua noiva à mercê da sua própria sorte. Cristo vela pela igreja, Ele cuida de sua noiva. Ele não faz como um marido covarde. Ele morreu pela igreja para salvá-la e protegê-la. Cristo não deixa de amar e cuidar de sua noiva. Nem mesmo as marcas das rugas provocadas pelo pecado são capazes de arrefecer o amor de Cristo pela sua vida. Portanto, jamais se esqueça que Deus Pai te ama em Cristo com amor eterno!
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.
Pastor da IPGII – DF.
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