A MELHOR DECISÃO DA VIDA ENVOLVE UM MOVIMENTO

 

O texto é muito claro, ele diz: “Andarei na presença do SENHOR , na terra dos viventes" (Sl 116.9). Isso não se trata estritamente de movimento físico. Não são exclusivamente os passos dados tendo como instrumentos os pés. Envolve o caminhar, mas é um movimento que vai para além de pés no chão. Esse “Andar” envolve o movimento de todo o ser. Trata-se de uma volição da aspiração. Trata-se do movimento do coração. São as afeições movimentando-se por meio de decisão resoluta. A vida como um todo não é estática. A vida tem o seu movimento contínuo. Ela é dinâmica. No movimento que a vida faz, decisões são tomadas e escolhas são feitas. O salmista decidiu andar na presença de seu Redentor. Dois aspectos marcam essa decisão:

a) Ela é pessoal. Tem decisão que é comunitária, não pode ser feita sozinho, pois precisa de outras pessoas para que tudo seja alinhavado. Porém, há decisão que é estritamente pessoal. O indivíduo precisa escolher sozinho, sem a interferência de terceiros, pois será cobrado de modo individual. A decisão por andar na presença do Senhor não pode ser feita por causa de outras pessoas, mas deve ser feita por causa da Pessoa de Deus. Ninguém pode decidir por você sobre o andar na presença de Deus. Pode até acontecer que haja uma contribuição para que a decisão seja efetivamente tomada, mas o resultado final passa pela pessoalidade. Você tem andado na presença do Senhor? Você já decidiu que vai andar na presença d’Ele? Querido, você precisa tomar uma decisão agora. Adiá-la é um perigo. Transferi-la é impossível. Sabemos que tem gente que decide ficar parada, tem gente que não anda, e tem gente que é empurrada pela vida, mas nessa matéria, é você quem decide.

b) Ela é pensada. A melhor decisão da vida não é fruto de circunstâncias. Não brota numa noite em que as emoções afloram. Não mesmo, ela é pensada. Ela pondera fatos. Os eventos que aconteceram na vida são levados em conta. E, sobretudo, considera a pessoa que agiu na história para que as coisas fossem concretizadas. Daí notamos o seguinte: 

1) A decisão que é passada pelo crivo do intelecto faz uma leitura daquilo que aconteceu. Do ponto de vista da relação com o Senhor são considerados os seguintes itens: quem eu era, como eu estava e o que foi feito por mim e em mim (Sl 116.3, 6, 8). 

2) Também faz uma leitura daquilo que está acontecendo agora. Por isso, o salmista traz um encorajamento à sua própria vida. Ele diz: “Volta, minha alma, ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo” (Sl 116.7). Recomenda que sua alma se aquiete, Ou seja, não fica apenas no passado, consegue discernir também o que tem acontecido no presente. O que leva ao próximo aspecto.

3) A decisão pensada, que considera o passado e consegue analisar o presente, tem grandes projeções para o futuro.

Portanto, a melhor decisão da vida envolve o intelecto, ela faz projeção para o futuro vinculada com uma pessoa maior. É como se dissesse: o Senhor me alcançou. Ele livrou-me da morte. Graciosamente tem cuidado de mim. Minha vida tem sido alvo do amparo constante de seu paternal cuidado. Logo, não posso conceber minha vida longe da presença d’Ele. Diante disso, eu digo: “Andarei na presença do Senhor, na terra dos viventes”. Isto é maravilhoso! Sabe por quê? Porque a fé não é um salto no escuro, ela não é cega nem tola.  A fé enxerga muito bem. Ela é inteligente. Ela está firmada  no Deus fiel, e em suas preciosas, e eternas promessas.

 

Re Fabio Henrique de Jesus Caetano.

Pastor da IPGII – DF.                

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