A MELHOR DECISÃO DA VIDA ENVOLVE UMA PESSOA
O movimento é de uma pessoa para outra pessoa. Aqui enseja uma pergunta:
quem é a outra pessoa? O salmista diz: “Andarei na presença do SENHOR” (Sl 116.
9). A pessoa é o Senhor Deus. A pessoa perante a qual o salmista decidiu andar
não é da mesma estatura dele. É uma pessoa infinitamente maior do que ele.
Perguntamos novamente: quem é essa pessoa? É a pessoa que ama o salmista e que
é amada pelo salmista. Dela o salmista diz: “Amo o Senhor”. Mais tarde o
evangelista haveria de dizer: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1Jo
4.19). Portanto, o que o salmista faz é o que todos nós fazemos, isto é,
responder o amor D’Ele primeiro.
Além disso, também é uma pessoa que ouve o
crente. “Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque
inclinou para mim os seus ouvidos” (Sl 116.1, 2). O Senhor Deus ouve, e ouve
com atenção e com interesse. Ele se inclina para ouvir a oração do justo. O
Grande ouve o pequeno, o Todo-Poderoso ouve a súplica do fraco, o Santo e puro
de olhos escuta a oração do pecador pela maravilhosa mediação do Senhor Jesus.
E mais, o salmista diz: “achava-me prostrado, e
ele me salvou” (Sl 116.9). Diz mais: “Pois livraste da morte a minha alma, das
lágrimas, os meus olhos, da queda, os meus pés”. Ele é o Salvador. Ele livra da
morte, elimina a angústia e enxuga as lágrimas dos olhos. A pessoa maravilhosa
perante a qual o salmista decide andar é descrita assim: “Compassivo e
justo é o Senhor; o nosso Deus é misericordioso” (Sl 116.6). Essa pessoa é o
Deus da aliança. O Deus que decidiu fazer um pacto eterno com o seu povo. Ele é
o Deus da nossa salvação. E tudo isso fica palpável na pessoa bendita do Filho
Eterno de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Além de destacar que a melhor decisão da
vida envolve uma pessoa, também é importante frisar que existem duas
implicações dessa decisão:
Primeira implicação. Quem decide andar na
presença do Senhor precisa saber que vai viver sob à luz de seus olhos. Com
isso, nada fica fora de suas vistas. Dele não é possível ocultar nada, pois ele
vê tudo e sabe tudo. É por isso que o salmista diz: “Se eu digo: as trevas, com
efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias
trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa” (Sl 139.11,
12). Nada nem ninguém podem impedir o Senhor de vê todas as coisas. Logo,
precisamos ter uma consciência mais apurada do olhar perscrutador do Senhor.
Saiba que se você tomar a decisão de andar na presença D’Ele, você estará o
tempo todo debaixo de suas vistas de infinito alcance.
Segunda implicação. Andar na presença do Senhor
significa andar sob a luz de seu ensino. Os rumos da vida, os caminhos a serem
seguidos, assim como as escolhas, tudo isso não será mais feito com base no que
penso ou sinto, mas com base no que o Senhor diz. Por isso, o salmo de Davi
sintetiza essas duas implicações de modo magistral quando escreve o que o
Senhor promete: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e,
sob as minhas vistas, te darei conselho” (Sl 32.8). Agora que você decidiu
andar com Ele e na presença D’Ele, não queira fazer as coisas do seu jeito,
antes considere o que o Senhor diz em sua Palavra, para que você seja bem
sucedido e vitorioso.
Portanto, andar na presença do Senhor é saber
que estamos andando debaixo de suas vistas e sob a condução de seus conselhos.
Ele é o nosso Pai amoroso. Ele contempla os seus filhos e fornece direção
para o seu povo. Quem decide andar na presença do Senhor precisa ter tudo isso
em mente, precisa andar em novidade de vida. Precisa viver de modo digno do
evangelho. Andemos na presença do Senhor todos os dias de nossa vida, em toda e
qualquer situação.
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.
Pastor da IPGII – DF.
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