CONSCIÊNCIA MISSIONÁRIA ATIVADA

            

       A consciência é a voz secreta da alma que aprova ou reprova o que fazemos ou o que deixamos de fazer. Consciência também diz respeito ao conhecimento que temos sobre a nossa missão. Logo, todo aquele que nasceu de novo tem consciência missionária, sabe que é preciso pregar o evangelho. Todavia, se por um lado é um fato incontestável que o cristão tem consciência que a missão deve ser realizada, por outro lado, essa mesma consciência encontra-se desativada. A voz continua dentro cumprindo o seu papel. O conhecimento sobre o dever se encontra latente, porém, existe uma ausência de uma consciência missionária ativada que leva para as ações concretas.  

            Por exemplo, se fizermos uma enquete acerca da importância da obra missionária, vamos constatar que todo cristão tem consciência missionária enquanto conhecimento intelectual. Enquanto conhecimento intelectual ninguém é ignorante. Por quê? Porque todos os evangelistas notificam os cristãos sobre a obra missionária. Logo, todos estão devidamente informados. Os quatro evangelhos dão conta da urgência da evangelização do mundo. Cada evangelista fez o registo daquilo que o Senhor Jesus ordenou a sua igreja. Mateus, Marcos, Lucas e João falam vigorosamente sobre a missão da igreja. Cada evangelista cobre a mesma tarefa dada exclusivamente a igreja, mas cada qual traz um elemento diferente, o qual adorna ainda mais a grandeza da missão. Por outro lado, coloca em alto relevo a urgência da missão e a nossa responsabilidade. Veja o que evangelistas escreveram:

            Mateus registra o que chamamos de grande comissão: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28. 18-20).

            Marcos também faz o registro da missão da igreja de modo sucinto. Assim escreveu: “E disse-lhes: ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16. 15, 16).  

            Lucas fala da mesma tarefa com as seguintes palavras: “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas" (Lc 24. 44-48).

            João, o discípulo amado também fala da sublime missão dada a igreja. As palavras do Senhor Jesus estão registradas da seguinte forma: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20. 21).

            A igreja primitiva recebeu o comissionamento para pregar o evangelho. A consciência missionária da igreja da era apostólica era resultado de conhecimento da sua missão.  Ela tinha mais do que simplesmente conhecimento intelectual sobre o assunto, ela possuía consciência missionária ativa que a impulsionava para a ação evangelística.

            Paulo era alguém que tinha consciência missionária ativada. Fico impressionado com a consciência missionária do apóstolo que foi levantado para pregar o evangelho aos gentios. Em certo lugar, ele afirma: “Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma” (Rm 1. 14, 15). Noutro lugar reforça: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (1Co 9. 16). Ele entendia que era devedor, que estava pronto para pregar o evangelho. Ele sentia o peso da sua responsabilidade. E mais do que sentir, ele agia de modo concreto em razão da sua consciência missionária. Sua consciência não era inerte. Sua consciência estava ligada. Não apenas sabia o que era para fazer, ela fazia o que foi comissionado a realizar.

            Para que a sua consciência missionária seja ativada, quero repartir com você a fala de Oswaldo J. Smit. Ele disse: “Se Deus quer a evangelização do mundo, e você se recusa a apoiar as missões, então você se opõe à vontade de Deus”. Com base nisso digo, se você não obedece a vontade de Deus, então você é um crente desobediente, logo você precisa endireitar a sua vida. Por fim, o autor supracitado diz: “A igreja que deixa de ser evangelística em breve deixa de ser evangélica. Qualquer igreja que não está seriamente envolvida a ajudar cumprir a Grande Comissão perdeu o direito bíblico de existir”. Sendo assim, a consciência missionária da igreja contemporânea precisa ir além do saber, ela precisa fazer o que sabe que deve ser feito. A evangelização do mundo é sua tarefa, é meu dever, é nossa responsabilidade e é missão de toda a igreja. A igreja do Senhor Jesus, vamos cumprir a missão. Família IPGII, bora evangelizar o mundo. 

Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano

Pastor da Igreja Presbiteriana do Guará II – DF.

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