Esperança, A Âncora da Alma
A esperança é um dos assuntos mais empolgantes das Escrituras. Ela
é um dos temas mais abundantes e consoladores das Sagradas
Escrituras. Aliás, “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso
ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação
das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15. 4). A Bíblia ensina
que felizes são aqueles “cuja esperança está no Senhor, seu
Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e
mantém para sempre a sua fidelidade” (Sl 146. 6).
Contudo,
há muitas pessoas infelizes e desesperançosas no mundo, cujas
esperanças foram arrancadas pelo guindaste da decepção e
frustração. Outras tiveram as esperanças soterradas pelas
avalanches das tribulações. Existem aquelas que as esperanças
foram amputadas de forma drástica pela guilhotina das crises
repentinas da vida. Porém, todas elas, sem distinção, não tinham
uma base sólida.
No entanto, existe um povo, a igreja de
Cristo que tem uma viva esperança. Somos o povo da expectativa, que
crê na possibilidade do sobrenatural a qualquer momento, e, que vive
na perspectiva do reino de glória. A
esperança é a riqueza daqueles que
possuem tudo, mas nada têm.
Ela é comparada a uma âncora de um navio. O escritor aos Hebreus
destaca que o cristão tem uma esperança cujo fundamento é a
promessa e o juramento do próprio Deus. Vejamos à luz de Hebreus
(Hb 6. 18, 19) duas marcas da esperança do cristão:
Primeira,
a esperança do cristão é segura. Observem o que diz a Escritura:
"[…] a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual
temos por âncora da alma, segura [...]" (Hb 6. 18, 19). Essa é
a única vez que a palavra âncora é usada como metáfora da
esperança. A função da âncora é promover estabilidade à
embarcação. Não importa as circunstâncias, a âncora deve
permanecer fixa no fundo do mar. Contudo, precisamos notar algumas
distinções existentes entre a âncora de um navio e a âncora da
alma: enquanto a âncora se estende para as profundezas abissais do
oceano, a esperança como âncora da alma, se estende para a
eternidade. Ela se assemelha à âncora que é lançada ao fundo do
oceano, mas que possui um enorme e resistente cabo que está
conectado na eternidade. Ela não é lançada para baixo, mas para o
alto. Seu foco não é o fundo do mar, mas o céu de glória, onde
habita o Senhor Jesus Cristo. A esperança do cristão não é um
assentimento intelectual, mas uma confiança sólida, segura e
inabalável.
Ela é segura, pois possui um fundamento
sólido.
Segunda, a esperança do cristão é firme. Além da
esperança do cristão ser segura, ela também é firme. Vejam o que
afirma a Escritura "[…] a fim de lançar mão da esperança
proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme [...]"
(Hb 6. 18, 19). A esperança do cristão é segura e firme, porque
está amarrada nas fiéis promessas do Deus imutável e penetra além
do véu. Ela oferece ao crente apoio seguro. Nossa esperança está
apoiada sobre a promessa, juramento e na pessoa de Deus, mas ela
também aguarda a coisa esperada. A âncora é lançada no fundo do
mar onde o solo é firme, no entanto, nossa esperança sobe para o
céu, onde o reino é eterno. A nossa esperança é segura e firme,
porque o seu arrimo é o Deus Vivo. Ela não é colocada na criatura,
mas no Criador. Deus deu aos herdeiros da promessa duas coisas
imutáveis: promessa e juramento, para que os filhos de Abraão
tivessem uma esperança firme e segura. O Senhor jurou pelo seu
próprio nome. Por isso, o cristão deve exultar e ser pleno na
certeza da esperança. Visto que na esperança fomos salvos. Sendo
assim, aguardamos o que não vemos com paciência, segurança e
firmeza.
O Deus da igreja é o Deus da esperança. A esperança
não pode ser roubada. Ela é a herança do crente. Portanto,
lancemos mão da esperança proposta; “a qual temos por âncora da
alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como
precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para
sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 6. 19, 20). A âncora
segura e firme da alma do cristão é a esperança. Confie no Deus da
promessa e do juramento. Ele é fiel e imutável. Deus penhorou o seu
próprio nome e é impossível que ele minta. Se você crer em Deus e
na pessoa do seu único Filho, Jesus Cristo, então, a sua âncora se
estende para além do véu, onde o sumo sacerdote eterno entrou e de
lá intercede por sua preciosa vida. Que Deus nos ajude a lançar mão
da esperança proposta, a qual temos por âncora da alma segura e
firme. Amém!
Por: Rev.
Fabio Henrique de Jesus Caetano.
Pastor da IPGII – DF.
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