CRISE ENFRENTADA PELA FAMÍLIA
Certa feita, Ló, o sobrinho de Abrão passou por uma experiência assim. Diante de uma crise, foi-lhe dada a oportunidade de fazer uma escolha. Sua decisão foi pautada com base naquilo que os seus olhos viam como possibilidades de lucrar. O texto santo diz que: “Levantou Ló os olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada [...]. Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente [...]. Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma. Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o SENHOR” (Gn 13. 10-12). É um perigo fazer escolhas com base naquilo que traz encanto para os olhos. Lembre-se que oportunidade assim é uma ameaça, mesmo que aparentemente ofereça algum tipo de conforto, porque ao mesmo tempo coloca a sua família num alto nível de perigo. Oportunidade assim pode “obrigar” você a negociar valores e negar certas convicções, nisso mora o perigo. Há coisas na vida que não valem a pena, ainda que pareçam atraentes e lucrativas.
Aqui quero compartilhar com você sobre um tipo de crise enfrentada pela família. Vamos nomeá-la de crise circunstancial. Assim diz a Palavra de Deus: “Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar, porquanto era grande a fome na terra” (Gn 12. 10). Tem crise enfrentada pela família que não é produzida pela decisão que foi tomada ou pela escolha que fora feita. Ela simplesmente aparece. Tem crise circunstancial que não é cavada por ninguém. Aquilo que veio a acontecer não foi decorrente do que você fez. Porém, inegavelmente, há crise circunstancial que é fruto direto do que fizemos. Por exemplo, uma família que administra mal os seus recursos tende a contrair dívidas comprometedoras. Quando gastos os excedem os ganhos, a crise será inevitável.
Todavia, existe aquela crise que não tem como causa tal situação ou coisa parecida. A passagem bíblica acima é um caso típico do que estamos falando. A passagem que é foco da nossa reflexão fala de um tipo de crise que o casal da aliança não tinha como prever nem controlar. Trata-se de uma crise climática. A seca assolava a terra. Com isso, uma grande fome imperava na terra. Era algo intenso. Essa crise aconteceu sem que houvesse a intervenção da mão humana. Diante disso, o casal fez uma escolha, descer para o Egito. O texto santo não diz que o casal estava proibido de descer para o Egito, mas também não recebe nenhuma autorização para rumar para o Egito.
Toda crise, entretanto, inclusive a circunstancial, de alguma forma será um teste de fé. A decisão tomada pode ser sim uma prova pela qual você esteja sendo submetido. E, sendo assim, a decisão tomada, seja como for, será de algum modo um reflexo da fé. Será sempre um teste de fé: se você decidiu ficar, mas também se você decidiu seguir/sair. Uma passagem que exemplifica o que estamos pontuando encontra-se mais adiante, vale a pena conferir (Gn 26. 1-6). Você precisa saber que toda família inevitavelmente enfrenta crise. Mas, além dessa informação, existe outra verdade importante que devemos conhecer, diria que mais do que conhecer, precisamos crer: “Reina o SENHOR [...]. Desde a antiguidade, está firme o teu trono; tu és desde a eternidade” (Sl 93. 1, 2). Não ignore a sua crise, mas, ao mesmo tempo, creia que a crise pela qual sua família tem passado não está fora do governo do seu Deus. Tudo está debaixo da sua poderosa mão e controle. Qual é a crise circunstancial que você tem enfrentado? Ore agora mesmo colocando-a diante do trono da graça do Senhor.
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.
Pastor da IPGII – DF.
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