AVIVAMENTO, A IGREJA PRECISA

 

Os teólogos afirmam que quando temos a consciência que estamos em crise, então concluímos que precisamos de uma visitação poderosa de Deus. Não tenho dúvida que estamos vivendo um tempo de crise. Ela é moral, política, econômica, e, sobretudo, espiritual. Diante disso, você acha que precisamos de avivamento? Vamos destacar aqui alguns passos e efeitos de um verdadeiro avivamento.

Primeiro, a redescoberta da palavra (2Rs 22. 8-10). Na referência bíblica acima, a Escritura registra que o livro da lei foi achado. Avivamento é resultado direto do conhecimento que Deus fez de si mesmo na palavra. Na palavra revelada conhecemos à vontade de Deus. De sorte que poder divorciado do conhecimento da palavra é fogo de palha. O Espírito que realiza o avivamento é o Espírito da Palavra. A palavra foi achada. Aquela geração tinha a sua religiosidade, mas não conhecia à vontade de Deus. Precisamos redescobrir o livro santo, para então, experimentarmos um avivamento espiritual.

Segundo, a leitura da Palavra (2Rs 22. 8, 10, 11). Por duas vezes diz que a palavra foi lida. A palavra lida provocou uma reação no coração do rei Josias (2Rs 22. 18, 19). Ele rasgou as suas vestes. Acontece uma ação simultânea quando a palavra é lida:
1) Faço a leitura da palavra; 2) a palavra faz a leitura de mim. Ao lermos a palavra também somos lidos pela palavra. Quando leio a palavra descubro a vontade santa de Deus. Quando sou lido pela palavra descubro que estou fora do prumo da palavra de Deus. Quando leio a palavra descubro que muita coisa está errada, que muita coisa precisa ser mudada. Se queremos um avivamento precisamos ler com afinco a Bíblia.

Terceiro, a reformatação pela palavra (2Rs 23. 1-3). Aquela geração do rei Josias frequentava o templo. Ela participava da liturgia de culto. O povo não tinha ausência de vida religiosa, mas vida religiosa não é sinônimo de vida com Deus. O modo de pensar era relativista. Por isso, toda investida que propõe buscar o avivamento, sem que haja antes a reformatação da mente, não poderá ser classificada de avivamento. A nossa mente precisa urgentemente ser reformatada pela Palavra, porque temos pensado e agido de modo relativo. Se desejamos um avivamento, então precisamos de uma transformação da mente e do coração.

Precisamos entender que avivamento não é resultado a priori de oração, mas de conhecimento da palavra atrelado a oração como resultado do conhecimento. Quando a palavra é conhecida vai gera-se vida de oração, quebrantamento, arrependimento e humilhação. Quando a mente é informada consequentemente desembocará em vida de oração. Tudo começa com a palavra e culmina com a oração. Quando isso acontece, Deus por sua infinita graça visita o seu povo, aí percebemos os efeitos do despertamento espiritual.

  • Alguns efeitos:

Primeiro, o quebrantamento (2Rs 22. 19). A autoridade da Escritura toca a mente, transforma o coração e santifica a vontade. O rei Josias se humilhou, chorou e orou ao Senhor como nunca havia feito antes. Ela leva o servo de Deus a submeter-se a autoridade da Escritura. O quebrantamento é um claro efeito da ação vivificadora do Espírito que opera por meio da Palavra de Deus.

Segundo, o compromisso (2Rs 23. 3). O compromisso com o Deus pessoal e com a igreja de Deus é uma marca indelével de avivamento. O avivamento extrapola as paredes da religiosidade. De sorte que, avivamento que deixa ou que não seja percebido pelas evidências citadas é afloramento religioso, mas não pode ser chamado de vivificação do Espírito Santo. Todo o povo renovou a aliança com o Senhor.

Terceiro, a Conversão (2Rs 23. 4, 15, 21, 24). Uma conversão radical é percebida também na vida do rei e do povo como efeito daquele despertamento espiritual. Por quê? Porque quando a mente é transformada, a nossa ação também o é. Mente transformada caminho também endireitado. O rei removeu toda porcariada que estava presente na vida e no templo. Foi realizada uma faxina geral. O pecado não foi mais tolerado.

Se queremos aferir a autenticidade de um verdadeiro avivamento, então basta recorrer ou analisar as mudanças na igreja ou na sociedade que tem acompanhado tal despertamento. Caso não seja percebido nenhuma mudança ou impacto na vida, logo não podemos afirmar que temos ali um avivamento produzido pelo Espírito que nos deu a Escritura. A igreja precisa de avivamento. Não podemos fazer o avivamento, mas podemos desejá-lo.


Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano

Igreja Presbiteriana do Guará II

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.