QUANDO A IGREJA CLAMAR

           O sofrimento tem a capacidade de produzir dois efeitos antagônicos. Ele pode endurecer uma pessoa, mas também pode sensibilizar um indivíduo. O sofrimento pode atrofiar a alma como também pode enobrecê-la. Tanto pode matar quanto pode levar a uma realidade jamais experimentada. Quando Israel estava no Egito sendo escravizado, pôde experimentar algo maravilhoso impingido pelo sofrimento. Sabemos pelo relato bíblico que a descendência de Abraão desceu para o Egito por causa de um plano divino. Como peça do plano José exerceu um papel maravilhoso como gestor. Ele foi um instrumento da providência de Deus. O seu serviço teve alcance amplo. Não apenas abençoou a família da aliança, mas também os egípcios e o mundo. Todavia, após a morte de José, “[...] se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José” (Êx1. 8).

            Os israelitas passaram a enfrentar uma severa opressão por parte dos egípcios,que “[...] puseram sobre eles feitos de obras, para os afligirem com cargas pesadas” (Êx 1.11). Foram escravizados. Não tinham condição de promover sua própria libertação. Não dispunham de alternativas humanas, mas uma coisa haveria de descobrir mediante o sofrimento. O povo haveria de encontrar o caminho da oração. O povo não podia livrar a si mesmo, mas uma coisa podia fazer: clamar ao Senhor. O clamor foi gestado num contexto de muito sofrimento. A Escritura afirma que: “[...] os filhos de Israel gemiam sob a servidão e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus” (Êx 2. 23). Finalmente, o povo apropriou-se daquilo que é preciosíssimo para experimentar a intervenção divina aqui na terra: A oração. Um povo que clama ao Senhor experimenta o extraordinário.

            Vemos que, aquilo que o homem não pode fazer, Deus faz em resposta ao clamor da sua igreja. Veja o que diz a Palavra de Deus: “Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a sua condição” (Êx 2. 24, 25). O clamor subiu até a morada do Senhor. Quatro coisas aconteceram como resultado da oração: Ele ouviu, lembrou, viu e atentou. A oração foi um gemido diante de Deus. Fica evidente que o Senhor não esquece aquilo que prometeu. Fica claro que o Senhor vê tudo quanto acontece com o seu povo aqui na terra. Mas, além de ver, Ele não se porta como um espectador que fica assistindo o enredo da história. Ele atenta para aquilo que o povo enfrenta. E porque ouve, lembra e vê, age de modo poderoso e gracioso para livrar a igreja.

            Você que é membro do corpo de Cristo, não deve aceitar passivamente a situação na qual se encontra. Diante de certas situações, “a passividade é um inimigo” (Charles Swindoll). Aquele que espera alguma coisa não fica na passividade, mas ora. Você não deve, nem pode curvar-se à imposição tirânica de certas realidades. Deus coloca a seu dispor a oração. Ele quer ser buscado. Busque a sua presença em oração. O Senhor deseja ouvir o seu clamor. Fale acerca daquilo que aflige o seu coração. Conta-lhe sobre o que tem inquietado a sua alma. Fale de sua aflição, seu medo, sua dor, sua tristeza, sua dúvida e seu sofrimento. Quando você clamar ao Senhor, o extraordinário pode acontecer, porque Deus ouve a oração de sua igreja. Ele não se esquece de sua promessa. Ele vê a sua luta. Ele age para mudar a sua sorte, sua vida e a sua história. Igreja, clame ao Senhor Deus, agora mesmo, em nome do Senhor Jesus.
                                                                                                                 
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.

Pastor da IPGII – DF.


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