RESOLUÇÃO 2020


Ufa! Conseguimos completar mais uma jornada. Não foi fácil, mas conseguimos superar os desafios que apareceram durante o ano findo. Agora, já começamos a nos preparar para o ano que vai se iniciar. Quanto a você não sei, mas confesso que tenho medo do novo, mas também profunda expectativa quanto ao futuro. Todavia, antes de iniciarmos a nova jornada, precisamos urgentemente avaliar algumas atitudes. Têm coisas que precisamos fazer, outras precisamos buscar e ainda outras precisamos deixar. Agora é tempo de resolução. Três resoluções para iniciarmos o novo ano:  
            I) Uma coisa para fazer. “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13, 14). O passado faz parte de nossa experiência, assim como de nossa história. Todavia, nem todos lidam bem com o pretérito. Aqui muitos se perdem, pois ao visitá-lo ficam lamentando por aquilo que não foi feito nem aconteceu, bem como continuam presos aquilo que aconteceu. No entanto, não devemos morar no passado nem manter a nossa mente lá, porque fazê-lo pode causar adoecimento emocional. Não podemos deixar que a correnteza do ontem arraste-nos para a fossa escura da nostalgia. Não são poucas as pessoas que chegam ao fim de mais um ano sem energia para seguir, pois estão escravizadas aquilo que não foi concretizado. No entanto, para que tenhamos êxito, uma decisão tem que ser tomada: Precisamos dar uma guinada, precisamos romper com aquilo que atormenta a nossa alma e aprisiona o nosso coração. Tomemos a firme decisão de romper com o passado. Sigamos o caminho trilhado pelo servo do Senhor. Esqueçamos as coisas que para trás ficam, para então, avançarmos e prosseguirmos para o alvo. Lembre-se: o ontem deve ser utilizado somente como método de aprendizado. Agora é tempo de avançar. Não podemos adiar, hoje é tempo de resolução.
            II) Uma pessoa para buscar. “Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença” (Sl 27. 8). A voz interna do Espírito desafia o nosso coração a buscar a presença do Amado de nossa alma. Antes, entretanto, o salmista havia revelado o seu desejo, assim como feito um pedido, o qual vem acompanhado por uma resolução. Ele diz: “Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo”. Todos temos anseios, mas nem todos tomamos decisões persistentes. Todos nós elegemos as nossas prioridades, mas nem sempre o Senhor Deus está no centro de nossas aspirações.Com o salmista aprendemos que é preciso pedir, também empreender esforço e dedicação. Não basta pedirmos, também precisamos buscar. Não basta orarmos, também precisamos ter disciplina. Não basta falar que queremos a presença do Senhor, também é preciso buscá-lo. Verbalizar faz parte da demonstração daquilo que é almejado pelo coração, mas também precisamos concretizar pela ação aquilo que de fato é desejado.  Buscar o Senhor deve assumir a dianteira de nossas prioridades, pois Ele deseja que o busquemos. O Senhor quer ser achado. Ele mesmo promete: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29. 13). Tomemos a decisão de buscarmos ao Senhor. Consideremos a sua voz amorosa. Tenhamos como resolução buscar a presença do Senhor como a nossa principal prioridade. Desapeguemos daquilo que é daqui debaixo, para buscarmos as coisas lá do alto, onde Cristo vive (Cl 3. 1).
            III) Um pecado para deixar. “Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: uma coisa ainda te falta: vendo tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me” (Lc 18. 22). A nossa prática religiosa pode gerar convicção falsa em nosso coração. Talvez a nossa religiosidade tenha feito com que pensemos falsamente que não há nada para se deixar nem para se mudar. Ledo engano. Existe uma sutileza quanto ao pecado de nosso coração. Já dizia Calvino que o nosso coração é uma fábrica de ídolos. O jovem rico ajuda-nos a compreender os ídolos de nosso coração que precisam ser deixados urgentemente. Ele tinha uma vida religiosa estribada numa moralidade ética observável. Quando arguido pelo Senhor Jesus, “Sabes os mandamentos” (Lc 18. 20), o Jovem rico não titubeou, prontamente respondeu: “Tudo isso tenho observado desde a minha juventude” (Lc 18. 21). Todavia, o Senhor tocou numa área que não era observável, pois não se tratava daquilo que podia ser visto no homem exterior, porém estava alojado no homem interior. Embora o jovem julgasse ser um cumpridor de seus deveres morais, entretanto, tinha apego ao materialismo. O seu deus era a riqueza, algo que havia ocupado espaço em seu coração. Sabedor disso, o Senhor Jesus o confrontou e o desafiou: “Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me” (Lc 18. 22). A reação daquele jovem mostra que o mesmo não estava disposto a abandonar o seu pecado para iniciar uma nova vida com Jesus. O registro bíblico afirma: “Mas, ouvindo ele estas palavras, ficou muito triste, porque era riquíssimo” (Lc 18. 23). Ser discípulo de Cristo implica abandonar uma vida pecaminosa. Cristo não aceita dividir o espaço de nosso coração com aquilo que temos apego. Não podemos mais caminhar com certos pecados em nosso coração. Precisamos urgentemente abandonar os ídolos, pois o nosso coração não pode mais servir de moradia de falsos deuses. Não deixemos para depois, o tempo da resolução para deixar o pecado chama-se: agora!
            Conclamo a igreja a fazer firmes resoluções para o novo ano. Primeiro, deixando o passado para trás. Se não o fizer, saiba que a melancolia vai mantê-lo acabrunhado. Rompa com o passado para seguir vitoriosamente para o futuro. Segundo, pare de colocar como prioridade os seus desejos efêmeros. Seja resoluto quanto o buscar a presença do Senhor, tenha isso como sua principal prioridade. Por fim, aquele pecado que tem sido mantido, precisa ser deixado urgentemente. Lembre-se a paciência do Senhor tem limites. O que você precisa abrir mão, faça-o agora mesmo. Examine o seu coração, para então deixar aquilo que é necessário deixar. Seja resoluto! Que o Senhor nos abençoe em nossas resoluções! 
Por Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano

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