DOIS ASPECTOS DO TESTEMUNHO CRISTÃO
Todo cristão não tem dúvida de
que o evangelho deve ser pregado. Todo servo de Cristo crê que o
evangelho da graça de Deus precisa ser proclamado e testemunhado.
Sabe que deve anunciar e testemunhar, mas, não sabe como fazê-lo.
Além disso, nem todo cristão consegue conciliar discurso com atos,
ortodoxia com ortopraxia, fala com obra. Muitas vezes somos
contraditórios. Falamos uma coisa, mas fazemos diferente daquilo que
professamos. A Palavra de Deus, porém, atesta a necessidade de
conciliarmos tanto o aspecto verbal quanto o aspecto ético.
Precisamos falar, mas, também precisamos evidenciar a mensagem.
Temos o dever de anunciar, mas, também temos a responsabilidade de
materializar o nosso discurso. A Escritura enfatiza que o testemunho
cristão tem outros aspectos, porém destacaremos apenas dois:
1. O aspecto verbal do
testemunho cristão. O evangelista Marcos registra as
palavras de Jesus da seguinte forma: “Ide por todo mundo e pregai o
evangelho a toda criatura” (Mc 16. 15). O evangelho é boa nova.
Ele é a boa notícia de Deus aos homens perdidos. Pregar o evangelho
subtende três verdades: Primeiro, a mensagem do evangelho precisa
ser verbalizada. Anunciar a boa nova da salvação envolve
comunicação inteligível. Segundo, a mensagem visa o alcance
universal. Precisamos entender que a proclamação do evangelho tem
como alvo o mundo inteiro. Todas as nações, todos os povos, todas
as etnias e todas as tribos devem ser alvo da mensagem do evangelho.
Jesus ensina que, o testemunho cristão tem caráter universal. A
mensagem deve ser pregada aqui, ali e acolá (At 1. 8). Terceiro, a
mensagem do evangelho não é exclusivista. Ela deve ser verbalizada
para todas as pessoas, indiferente da classe social, intelectual ou
racial. Precisamos pregar para a multidão, mas, também para uma
pessoa apenas.
2. O aspecto ético do
testemunho cristão. O apóstolo Pedro, sobre o segundo
aspecto adverte: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros
que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra
contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos
gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de
malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus
no dia da visitação” (1Pe 2. 11, 12). O testemunho cristão não
deve ser caracterizado apenas pela verbalização. Ele precisa ter
como insígnia o exemplo. Ele precisa ser ouvido e observado. Precisa
ser anunciado e comprovado pelo procedimento exemplar. Precisamos
comunicar a mensagem do evangelho aos ouvidos, porém, também
precisamos anunciá-la aos olhos. Nossa conduta precisa autenticar
aquilo que falamos. O evangelho da graça, também é o evangelho da
ética. O segundo é fruto do primeiro. Somos chamados para anunciar
a boa nova, mas, além disso, devemos atestar aquilo que anunciamos
com o nosso estilo de vida.
Queridos, para tristeza do cristianismo, diversos
cristãos não harmonizam a fala com a conduta. Para muitos, as
palavras são como giz, a vida como lousa e a conduta como apagador.
O que falam é apagado, logo a seguir, por meio daquilo que fazem.
Portanto, meus amados, não deixemos de anunciar e testemunhar.
Cuide, porém, para que a sua piedade confirme a sua mensagem, para
que a sua vida seja um outdoor da mensagem que você anuncia.
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