A FALTA DE LIDERANÇA

Darrin Patrick faz parte da geração contemporânea de plantadores de igrejas. Atualmente é o vice presidente da Rede de Plantação de Igrejas Atos 29. Ele é o pastor fundador da Journey Church em St. Louis. Sua experiência ministerial já passa de duas décadas. Tem atuado como conferencista para líderes, feito palestras para plantadores de igrejas e tem liderado novos líderes. Em sua obra: “O plantador de igreja: o homem, a mensagem, a missão”, Patrick faz uma constatação pertinente sobre a crise contemporânea.

Para Patrick, hoje, existem duas crises que atravancam a formação de liderança forte na igreja. Essas crises são chamadas de: crise cultural e crise teológica. Ambas estão relacionadas a mesma situação, ou seja, a falta de homem como líder:

NA PRIMEIRA CRISE, a sua constatação aponta que existe uma postergação da maturidade do gênero masculino. O tipo de gênero masculino da atualidade é uma espécie de ser que nem é menino nem é homem. Patrick denomina tal indivíduo de homenino. Ele prolonga a sua adolescência. Gosta de viver na imaturidade. Sua atratividade é o vídeo game. Passa diversas horas jogando. Não quer assumir compromisso. Casamento para o homenino é algo inviável, responsabilidade nem pensar. O homenino não tem afeição pela verdade absoluta. Seu principal foco é prolongar a sua adolescência. Com isso, Patrick conclui que surge uma lacuna dentro da sociedade, pois os homens de Deus que deviam influenciar a sociedade se exime de seu papel. O homenino é o homem que não quer assumir a liderança. Portanto, a crise cultural tem afetado a igreja. 

A SEGUNDA CRISE, não está desvinculada da primeira. Porém, ela é analisada sobre outro prisma. Enquanto que na primeira, o homem não é homem para encampar a sua missão, na segunda , ele toma a rota do subterfúgio. Para Patrick, a crise teológica tem como fator principal a delegação da tarefa masculina. A liderança não pode ser transferida para as mulheres. Para explicar tal situação, o autor usa dois conceitos: igualitarismo e complementarismo. Hoje, um grupo defende que a questão do igualitarismo coloca a mulher na mesma situação do homem. Ela é igual em todas as áreas da vida, inclusive na liderança espiritual. Contudo, isso gera um problema teológico. A criação estabelece que o homem e a mulher são iguais em essência e dignidade, mas, não são iguais para desempenhar funções semelhantes. Já o complementarismo estabelece que de fato existe uma questão completar, porém funcionalmente falando, o homem e a mulher foram criados para realizar tarefas diferentes. Nesse caso, a liderança na igreja e no lar é coisa de homem mesmo. Inverter a ordem da criação é entrar numa rota de colisão teológica. 

Patrick chegou a essa conclusão quando ainda era adepto do igualitarismo. Ele fez uma pesquisa para embasar sua convicção, mas, quando fez um exame acurado da história bíblica e da história da igreja, percebeu que não tinha amparo para a sua defesa. Foi então, que Patrick cedeu a autoridade bíblica. A Escritura ensina que a liderança deve ser exercida por homem. Tem cerca de cem anos que a visão igualitária tem sido ensina, enquanto que o complementarismo tem sido ensinado à luz da Bíblia pela igreja por mais de dois mil anos. Patrick conclui que, estamos numa crise espiritual (teológica) e numa crise de imaturidade masculina (cultural). Portanto, uma crise dessa natureza, assim como nessa proporção prejudica diretamente a igreja. Diante disso, o que faremos?

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