Como promover a santificação na família
É sabido que têm famílias maravilhosas. O estilo de vida de algumas famílias é algo contagiante e digno de ser imitado. Olhamos para a vivência de algumas famílias e ficamos desejosos para que a nossa família seja algo parecido.
O patriarca Jó é um caso típico do que estamos falando. Ele tinha uma
família cujos traços eram exemplares. Ele foi um homem que cuidou da santidade
de sua família. Sua vida era focada naquilo que realmente
importava.
Jó com o seu exemplo, sua prática e sua vida piedosa tem muito a nos ensinar. Nós podemos aprender muito com Jó sobre a santificação da família. O que podemos aprender? O que fazer para promover a santificação da nossa família?
Primeiro, elimine as “justificativas” infundadas (Jó 1. 3).
Jó tinha muito trabalho a ser feito. Tinha uma ampla responsabilidade. Todo
dia, criteriosamente, tinha que analisar a bolsa de valores. Tinha vários
investimentos. Tinha que acompanhar como estava as ações.
Veja
bem, “[...] quase todos nós possuímos a estranha capacidade de inventar
ocupações desnecessárias. Não importa se o trabalho exige de nós muito ou
pouco, nem mesmo se temos emprego ou não. O fato é que sempre acabamos
arranjando inúmeras atividades que nos afastam daquilo que realmente é
importante” (Rob Parsons).
Mas,
com Jó era diferente. Jó não usava como justificativa seus afazeres, para
realizar o seu principal ministério ou vocação, a saber: cuidar da sua família.
Tinha uma agenda com muitos compromissos, mas, nada disso o fez negligenciar a
sua principal função.
Segundo, cuide da saúde espiritual da sua família (Jó 1. 5). Jó era um pai
atento. Era um homem observador. Mesmo diante de tantas tarefas, o patriarca
mantinha seu olhar precavido com os acontecimentos no âmbito de sua
família. Ficava de olho na vida de seus muitos filhos. Não descuidava
daquilo que era importante, pois zelava pela santidade deles. Aqui duas coisas
merecem destaque:
Em primeiro lugar, a doutrina da depravação humana.
Jó compreendia a doutrina da depravação humana como ninguém. Ele não tinha uma
visão romântica sobre a natureza humana. Sabia teologicamente o que era o
homem, também sabia empiricamente sobre a natureza humana.
Veja
o seu entendimento sobre a doutrina da depravação humana. “O homem,
nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a
flor e murcha; foge como a sombra e não permanece; e sobre tal homem abres os olhos e o
fazes entrar em juízo contigo? Quem da imundícia poderá tirar coisa
pura? Ninguém! (Jó 14. 1-4). Portanto, Jó sabia o que era natureza
humana.
Em segundo lugar, a doutrina da santidade divina.
Jó tinha uma compressão elevada da natureza divina. Ele tinha uma alta
compreensão do Ser de Deus. O cuidado com a santidade da família passa pela
compreensão da santidade de Deus. Jó tinha uma compreensão da santidade do
Senhor, apenas um pai assim vela pela vida espiritual dos filhos.
Sabia que Deus era soberano, pois disse: “[...] o
SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1. 21).
Conhecia a grandeza do Senhor: “Na verdade, sei que assim é; porque, como pode
o homem ser justo para com Deus?” (Jó 9. 1). Tais e outras verdades, era um
homem [...] temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1. 1, 8; 2. 3). Sendo
assim, não resta dúvida que Jó tinha um entendimento elevado sobre a pessoa de
Deus.
Portanto, diríamos, que para promover a santidade
da família é imprescindível conhecer a doutrina da natureza humana, assim como
a natureza divina. Estou certo que o cuidado com a santidade da família não
ignora a propensão humana para o pecado, bem como toma como referencial a
santidade de Deus.
Amados, ninguém coopera com a santificação da sua
casa se não tiver um conhecimento razoável de quem é o homem e de quem é o
Senhor Deus. Pais que não cuidam da santidade dos filhos não têm uma
compreensão elevada da santidade de Deus, nem considera a depravação da
natureza humana.
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.
Pastor da IPGII - DF.
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