O POVO CRESCIA AINDA MAIS

               A história do povo de Deus é fabulosa. Sua trajetória é marcada por milagres. Deus fez de um casal, uma grande e poderosa nação. O casal chamava-se Abrão e Sarai. O marido tinha 75 anos quando foi chamado e a esposa tinha 65 anos, porém, com um agravante: ela era estéril. Assim que Deus chama Abrão, dá-lhe uma ordem e faz-lhe uma promessa: “Sai de tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei de ti farei uma grande nação” (Gn 12. 1, 2). O escritor aos Hebreus afirma que: “Pela fé, Abraão, quando chamado obedeceu, a fim de ir para um lugar que deveria receber por herança; e partiu sem saber aonde ia” (Hb 11. 8). Todavia, durante as idas e vindas da vida, o casal teve fraquezas quanto à fé. Na verdade, o casal era gente como a gente.  

            Abrão e Sarai, algumas vezes titubearam quanto à promessa. Dúvidas sugiram e escolhas contrárias ao plano de Deus foram feitas. Certa feita, Abrão tremulou na fé, quando perguntou e afirmou ao Senhor: “SENHOR Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descendência, e um servo nascido na minha casa será o meu herdeiro” (Gn 15. 2, 3). Porém, diante da incerteza, o Senhor ratificou a promessa ao patriarca, “[...] dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro” (Gn 15. 4). Todavia, a situação parece ilógica, porque sua mulher não podia ter filhos.

            A situação não para por aqui. Tanto Abrão quanto Sarai riram da promessa do Senhor (Gn 17. 17; 18. 12). Já havia passado quase 25 anos desde que o Senhor fez a promessa. Agora, o casal mais envelhecido não ver como possível a concretização daquilo que foi prometido, pois tanto o marido como a esposa não acham que têm mais condição de gerar um filho. Veja o registro bíblico: “Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?” (Gn 18. 12). No entanto, por meio de um casal improvável, por um ato extraordinário, nasceu Isaque. Mais tarde, Isaque casou-se com Rebeca, que também era estéril. E, mais um milagre aconteceu: ela ficou grávida de gêmeos e nasceram Esaú e Jacó. De Jacó, vieram os 12 patriarcas e Diná. Veja que tudo vai apontando para a concretização de algo que fora prometido a Abrão.  

            Deus, que conhece o passado, o presente e o futuro, haveria de pavimentar o caminho na história para realizar o seu plano eterno e gracioso. Para assim proceder, o Senhor envia José (um dos patriarcas, filho de Jacó) ao Egito para concretizar uma profecia que foi dada a Abrão:   “Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos” (Gn 15. 13). Assim que José ascende ao governo no Egito, chega o momento da descendência de Abrão descer para o lugar que seria “residência” do povo da aliança por mais de 4 séculos. Eram 66 pessoas, fora as mulheres, tendo em vista que os filhos de José nasceram no Egito.

            Após a morte de José e sua geração, um novo rei que não conhecia José nem os seus feitos, empreendeu uma severa perseguição ao povo da aliança. O rei fez uma constatação que o deixou preocupado: o povo de Deus era mais numeroso e mais forte do que os egípcios (Êx 1. 9). Então, elaborou uma estratégia para impedir o crescimento da descendência do patriarca. Impôs serviço pesado sobre o povo, que gemeu, foi afligido e maltratado severamente. Todavia, nada, nem ninguém, podia impedir o crescimento do povo de Deus: “Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam, de maneira que se inquietavam por causa dos filhos de Israel” (Êx 1. 12).

            A história mostra que tirano algum, nem sistema opressor, nem o diabo com os seus asseclas, podem impedir o crescimento do povo de Deus. Saiba que nem mesmo a covid – 19 pode atrapalhar a multiplicação da igreja. Porém, há algo que pode atravancar o crescimento da igreja sim. A única coisa que pode emperrar o crescimento da igreja é o nosso pecado não confessado nem abandonado. O pecado não pode ficar encoberto no meio do arraial. Nada mais pode deter-nos. Tenha consciência que a matemática divina não é a subtração, mas a multiplicação. O propósito de Deus sempre foi o crescimento de seu povo. Seu projeto desde o início foi a multiplicação. Mesmo com o sofrimento, o povo crescia ainda mais. Foi assim, tem sido assim, e há de ser assim, para a glória de Deus Pai.    

Por: Rev Fabio Henrique de Jesus Caetano.

Pastor da IPGII – DF.


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