QUATRO ADVERTÊNCIAS PARA IGREJA


Advertências!  É isso mesmo, quero falar a você sobre advertências. Uma advertência tem valor inestimável. Quando recebida pode livrar alguém de uma catástrofe. Pode salvar uma vida da perdição. Quando uma advertência feita é acolhida, possíveis danos irreparáveis são evitados. A palavra para a igreja hoje não é sobre conselho, mas, sim, sobre advertência. São advertências divinas que precisam ser obedecidas, pois vem com caráter solene. Seremos instruídos sobre o que devemos fazer, assim como o que não devemos fazer. Vamos extrair da passagem bíblica quatro advertências (1Ts 5. 19-22). 

1) Cuidado, não impeça a atividade do Espírito (1Ts 5. 19).

“Não pagueis o Espírito”, diz a Escritura. O que significa apagar o Espírito? Alguns entendem que apagar o Espírito é a mesma coisa que entristecer o Espírito. “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4. 30). Entendo, entretanto, que é mais do que entristecer. Somos lembrados que, a figura para o Espírito usada pelo apóstolo é o fogo. Logo, a palavra “apagar” significa “abafar”. Apagar o Espírito significa impedir que a sua atividade seja exercida. Significa interromper a atividade do Espírito sobre a nossa vida, o que pode acontecer por conta do nosso pecado, e, até mesmo por causa do nosso formalismo. Impedir a atividade da pessoa bendita do Espírito Santo é algo a ser evitado a qualquer preço. A ideia aqui é “[...] fazer com que a atividade fervorosa cesse, ou fique interrompida, ou chegue ao fim”. Não sabemos de qual atividade específica o apóstolo estava falando, mas, parece-me que tinha relação direta com a profecia. Todavia, sabemos que apagar o Espírito significa interromper a sua atividade sobre a nossa vida, o que pode acontecer por conta do nosso pecado, e, até mesmo por causa do nosso formalismo religioso.

A figura incutida é a figura do fogo. Levítico tem uma passagem elucidativa. “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará” (Lv 6. 13). O fogo devia ser mantido aceso o tempo todo. Porém, para que fosse mantido aceso: 1) Era preciso consagração; 2) Era preciso combustível; 3) Era preciso disciplina; 4) Era preciso trabalho; 5) Era preciso oxigênio. Conselhos práticos para manter o fogo aceso: 1) Leia a Escritura constantemente; 2) Ouça a Escritura diligentemente; 3) Obedeça a Escritura resolutamente; 4) Consagre a sua vida totalmente; 5) Congregue com os seus irmãos regularmente; 6) Tenha uma vida de oração continuamente. Igreja, não apague o Espírito. Impedir,  abafar a atuação da pessoa bendita do Espírito Santo é algo a ser evitado a qualquer preço. Se a igreja quer experimentar uma plenitude de vida, então, ela precisa urgentemente observar o que aqui é requerido.

2) Cuidado, não despreze a profecia (1Ts 5. 20).

“Não desprezeis as profecias [...]”, ordena a Palavra. O dever do cristão aqui, assim como a sua postura está ligado diretamente com o que foi ordenado antes. O Espírito fala pela profecia, logo menosprezar a profecia era algo inadmissível, porque o Espírito atua por intermédio da profecia. Se o servo de Deus abafar a atuação da única pessoa que pode levá-lo à vitória sobre a tentação, bem como sobre o pecado, ninguém mais poderá ajudá-lo. Se o cristão virar as costas para as Escritura proféticas, estará ignorando o único meio pelo qual é santificado. Então, se a igreja desprezar o único instrumento ordinário pelo qual se conhece a vontade do Senhor, então a derrota se torna inevitável. O povo de Deus é destruído por falta de conhecimento (Os 4. 6). E aquele que rejeita a lei do Senhor também será rejeitado. Igreja, não despreze a profecia, porque é pela profecia que se conhece ao Senhor, e “o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo” (Dn 11. 32). 

3)  Cuidado, não deixe de exercer o discernimento (1Ts 5. 21).

“[...] julgai todas as coisas, retende o que é bom [...]”, diz o Senhor. O discernimento tem dois aspectos: o positivo e o negativo. Como igreja você tem o dever de julgar todas as coisas, para então reter somente o que é bom, o que é louvável. Seria como adotar um critério. Aliás, a palavra critério vem do grego. Ela estava relacionada com a separação de grãos. Note bem, a igreja não deveria apagar a influência do Espírito, mas, ao mesmo tempo não deveria acatar tudo que era dito, ou o que era feito. A igreja deve ser criteriosa o tempo inteiro. Para exercer o discernimento espiritual o cristão precisa da atuação do Espírito e precisa igualmente conhecer a Escritura, pois, só assim tem condição de eliminar a palha do trigo. Igreja, não deixe de exercer o discernimento espiritual. Procedendo assim, a igreja terá condição de acolher o que é bom e descartar o que é mal. “O que é bom deve ser aceito; toda espécie de mal [...] deve ser evitado”. (Willian Hendriksen).

4)  Cuidado, não pratique nenhum tipo de maldade (1Ts 5. 22).

“[...] abstende-vos de toda forma de mal”, ordena a palavra de Deus. A palavra grega aqui traduzida por “forma” é eidos, a qual pode trazer a ideia de forma ou “aparência”. Todavia, também pode trazer a ideia de todo TIPO de mal, espécie de mal ou classe de mal. Penso que a conotação aqui está relacionada com o contexto de culto. O abster-se nessa passagem não se trata do único pecado como vimos no capítulo anterior (1Ts 4. 3), quando o alerta é sobre a santificação, mas a todo tipo de mal que possa apagar a atuação do Espírito na vida das pessoas, inclusive a impureza sexual. Um critério que podemos adotar para renunciar todo tipo, forma ou aparência de mal, é avaliar a nossa postura sob a recomendação do Senhor: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4. 8). Tudo que estiver em desacordo com o ensino acima deve ser evitado a qualquer custo; em contrapartida, o oposto também é verdade. Ou seja: Igreja, não pratique nenhum tipo de maldade; por outro lado, tudo aquilo que estiver de acordo com a recomendação bíblica deve ser abrigado e praticado.

Concluímos com as seguintes palavras de Billy Graham: “Não resista a Ele quando Ele entra; não O entristeça quando Ele está em você; não O apague quando se manifesta. Abra-Lhe, pois Ele é o que entra; agrade-O pois Ele é o que mora em você; obedeça-Lhe quando Ele se manifesta testemunhando de Cristo, seja através de você ou de outro”. Povo de Deus, não postergue, acolha as advertências aqui listadas. Elas são solenes e devem gerar no coração da igreja temor. Ouça o Senhor: “Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras” (Pv 1. 23). Amém!                                                                                                                                                    

Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.

Pastor da IPGII-DF.

 

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