UMA IGREJA CHEIA DE VIDA
Igreja
não é instituição e nem encontro de pessoas. Igreja é o corpo de Cristo em
movimento, é organismo vivo. É uma comunidade formada por pessoas que foram
redimidas. Os salvos são membros do corpo de Cristo. O corpo é único, mas contém
muitos membros que são diversos e também são distintos, mas todos,
indistintamente, bebem da mesma fonte. Isso sim, é igreja!
Penso
que cada pessoa tem alguma característica para destacar como marca de uma
igreja. Aqui na IPGII quando saudamos os visitantes temos o costume de dizer:
“seja bem-vindo, em o nome do Senhor Jesus, à uma igreja cheia de vida”. Com
isso, damos destaque a uma característica nossa. Também tenho as minhas
percepções do que seja uma igreja caraterizada pela vida. O que demonstra uma
igreja cheia de vida? Vamos listar algumas características abaixo.
1) Ela anseia pela presença de
seu Redentor.
Uma igreja cheia de vida sempre deseja mais de Deus. Ela verbaliza como
o salmista: “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu
coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo” (Sl 84. 2). Ela tem fome da
presença de Deus. A sua declaração é semelhante a do salmista: “Ó Deus, tu és o
meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu
corpo de almeja, como terra árida, exausta, sem água” (Sl 63. 1). Uma igreja
cheia de vida é grata pelo que já recebeu, mas almeja sempre mais, pois sabe
que Deus tem muito para dar.
2) Ela adora o seu Redentor com alegria.
A principal missão da igreja é a adoração. Ela não tem como carro chefe
a evangelização, nem tão pouco a ação social ou algo parecido. Já perguntaram
os nosso irmãos: “Qual é o fim principal do homem?”. A resposta também foi
dada: “O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”. Todavia,
só glorificamos a Deus, e temos prazer Nele, quando o servimos com alegria.
Aqueles que foram tirados do poço de perdição, que foram resgatados do lamaçal,
cujos pés foram colocados sobre a rocha da salvação e cujos passos foram
firmados, receberam a dádiva de “[...] um novo cântico, um hino de louvor ao
nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR” (Sl 40.
2, 3). Tal atitude deve ser marcada pelo que preceitua a palavra de Deus:
“Servi ao SENHOR com alegria, apresentai diante dele com cântico” (Sl 100. 2).
Uma igreja cheia de vida adora ao seu Redentor com alegria.
3) Ela cultiva a comunhão dos santos.
A igreja não é um clube social, onde pessoas comparecem apenas para um
momento de encontro e entretenimento. Os membros da igreja se encontram sim,
não há nada de errado nisso, pelo contrário, devem fazer isso sempre. Porém,
comunhão vai muito além de encontro. Concordo com Wayne Cordeiro, que diz:
“Quando uma igreja mantém relacionamentos saudáveis, as pessoas se entusiasmam
de verdade na hora de se encontrarem. Essa animação contínua pode ser observada
tanto em frequentadores veteranos quanto nos visitantes”. Cristo quer e orou
pela unidade da igreja. Ele pediu ao Pai: “a fim de que todos sejam um; e como
és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo
creia que tu me enviaste” (Jo 17. 21). E mais, “a fim de sejam aperfeiçoados na
unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também
amaste a mim” (Jo 17. 23). Uma igreja cheia de vida, que cultiva a comunhão,
tem relacionamentos saudáveis e duradouros. Com isso faz com que o mundo creia
e conheça o evangelho.
4) Ela demonstra interesse pelo perdido.
A igreja é salva do mundo, porém, imediatamente é enviada ao mundo para
levar o evangelho aos perdidos. Uma igreja cheia de vida tem pressa para pregar
o evangelho. Sabe que não pode sonegar a mensagem aos perdidos. Ela tem o mesmo
senso encontrado no apóstolo Paulo: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me
gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque aí de mim se não pregar o
evangelho” (1Co 9. 16). Todavia, ela sabe igualmente da dívida que tem para com
aqueles que precisam ouvir o evangelho. “Pois sou devedor tanto a gregos
como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em
mim, estou pronto a anunciar o evangelho [...]” (Rm 1. 14, 15). Uma igreja
cheia de vida sabe qual foi o preço da sua redenção, tem consciência da sua
missão, e por isso mesmo, tem interesse pelos que ainda estão perdidos.
Bem, muitas outras características podem ser enumeradas. Mas, para início de
conversa vamos nos ater somente as quatro supracitadas. Se você não contempla
tais marcas em sua caminhada, talvez não esteja cheio de vida. Ter vida não
significa plenitude de vida. Talvez você esteja com algum tipo de enfermidade
espiritual. Pode ter certeza, uma igreja cheia de vida é uma igreja alegre,
acolhedora, humilde, obediente, vibrante na adoração, diligente na
evangelização, repleta de expectativa quanto a volta de Cristo; e,
principalmente, comprometida com a Escritura e com o Deus dela. Uma igreja
cheia de vida tem fome de Deus.
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