O POVO DE DEUS É DIFERENTE, O POVO DE DEUS PRECISA SER DIFERENTE

O nosso exemplo deve refletir o caráter daquele a quem representamos.

Sei, e penso que você sabe também, que essencialmente todos somos iguais. Todos os seres humanos são pecadores, todos estão sujeitos a enfermidades e eventualmente todos ficamos angustiados por alguma razão. De sorte que, pelo fato de sermos filhos de Deus mediante a adoção em Jesus Cristo, não arvoramos de modo nenhum que somos melhores, nem que somos inferiores aos outros seres humanos, porque somos da mesma natureza e essência. Como filhos de Deus, portanto, somos semelhantes aos filhos dos homens. Logo, é correto afirmar que sob a ótica aqui mencionada somos todos iguais.
Todavia, também é certo dizer que somos diferentes daqueles que não têm o Senhor Deus como redentor. Somos distintos porque foi derramada em nosso coração uma viva esperança. Verdadeiramente não somos como aqueles “que não têm esperança” (1Ts 4. 13). Por outro lado, o povo de Deus também é diferente no modo como vivem. A bem da verdade, o povo de Deus precisa ser diferente. Recentemente reli o livro de Ester. Quando cheguei ao capítulo 3, versículo 8, não consegui prosseguir, pois a passagem prendeu a minha atenção. Vejo o que diz: “Então, disse Hamã ao rei Assuero: existe espalhado, disperso entre os povos em todas as províncias do teu reino, um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as do rei; pelo que não convém ao rei tolerá-lo”. Note que o povo de Deus estava numa terra estranha, mas mesmo assim, evidenciou naquela sociedade a sua ética, os seus valores, os seus costumes e as suas convicções. Embora a intenção de Hamã fosse maligna, entretanto, ele pôde constatar que aquele povo era diferente, pois tinha um estilo de vida distinto o qual era resultado daquilo que cria.
A igreja de Deus também deve ser diferente. Como igreja, precisamos entender que, embora vivamos no mundo, no entanto, não somos deste mundo. Vivemos numa pátria que tem as suas leis. Todavia, não podemos nos esquecer de que estamos sob a égide de um Rei glorioso que nos deixou a lei que sobrepõe a lei da pátria terrena. A lei que nos foi dada pelo Senhor Jesus deve nortear a nossa conduta, deve evidenciar os nossos valores, deve comprovar que a nossa ética sobrepuja a ética social. Por isso mesmo, o apostolo Pedro exorta: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1Pe 2. 11, 12). O nosso exemplo deve refletir o caráter daquele a quem representamos. Nosso procedimento na sociedade precisa autenticar a nossa cidadania celestial. Nossas práticas devem fazer com que os olhos dos homens sejam erguidos para os céus, a fim que o nome de Deus seja glorificado.
Diante disso, não negamos que somos iguais às demais pessoas quanto à composição, natureza e essência. Todos somos de carne e osso, somos pecadores, ficamos doentes e aflitos por causa de certas situações, mas podemos afirmar com veemência que também somos diferentes, pelo menos precisamos ser diferentes, pois fomos inseridos numa relação pactual com o Senhor. De forma que o nosso estilo de vida precisa atestar aquilo que professamos e nossas práticas devem autenticar os nossos valores. A nossa fé precisa ser aferida pela nossa conduta, a qual é pautada pela nossa ética e os nossos valores, ainda que o custo seja alto, ainda que perseguições sejam desencadeadas. Ninguém pense de modo contrário ao que está escrito, pois a verdade bíblica assim ensina. Ela é a mais pura e absoluta verdade a ser crida e praticada. Com toda certeza, o povo de Deus é diferente. O povo de Deus precisa ser diferente. 

Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano

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