RESSURREIÇÃO, A NOSSA ESPERANÇA VINDOURA
O
que fazer diante da hostilidade da morte? O que falar às pessoas diante da
realidade hostil desta inimiga? Existe alguma palavra de consolo e esperança
para aqueles que sofrem e lidam com o drama da morte? Entendemos que sim.
Todavia, tal mensagem não é encontrada na filosofia, nem no espiritismo, nem no
budismo, nem no hinduísmo e nem no islamismo, ela é achada exclusivamente no
cristianismo histórico. Ela se encontra na Escritura. Jesus diz: “Eu sou a
ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo que
vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (Jo 11. 25, 26).
A
humanidade sofre por diversas razões, de muitas formas e de várias situações. O
sofrimento humano tem como apogeu a morte. Ela causa tristeza, gera angústias e
traz as lágrimas à baila. O sofrimento busca por uma explicação acerca do
sentido da vida. Mas, afinal, qual é o sentido da vida? Nascer, crescer e
morrer? Absolutamente, não. Porém, antes de prosseguir, precisamos salientar
que assim como não se explica o sofrimento sem fazer menção da queda, nem
separado da cruz, da mesma forma, não encontramos o verdadeiro sentido da vida
dissociado da doutrina da ressurreição.
O
apóstolo Paulo, ao ensinar sobre a ressurreição, diz que: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os
mais infelizes de todos os homens” (1Co 15. 19). Mais adiante, afirma: “Se os mortos não ressuscitam, comamos e
bebamos, que amanhã morreremos” (1Co 15. 32). De modo que, se a
ressurreição for retirada para explicar o sentido da existência, logo não
sobrará absolutamente nada.
O
ensino da doutrina da ressurreição foi transmitido dentro de um contexto de
muito choro. Portanto, ela foi ensinada quando pessoas que faziam parte do
convívio de Jesus estavam enlutadas e sofriam por causa da separação promovida
pela morte. Lázaro, aquele que era amado pelo Senhor Jesus, havia morrido de
fato. Seu falecimento assinalou o quanto a morte é impiedosa. O amor que Jesus
nutria pelo seu amigo Lázaro, irmão de Marta e Maria, não o privou da morte.
Entretanto, a ocasião propiciou ao Senhor Jesus uma oportunidade ímpar de
evidenciar o seu poder sobre a morte. “Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição
e a vida” (Jo 11. 25). Aqui Jesus revela que é Senhor da morte, fala de seu
poder sobre a sua tirania e faz a gloriosa promessa da ressurreição do corpo
para a vida eterna, garantida a todo aquele que Nele crer.
A
ressurreição proclama a vitória final de Cristo sobre a morte. A fé em Cristo
não poupa o cristão da morte física. “A fé cristã nem sempre oferece recursos
para o corpo”, afirma Philip Yancey. Ela não oferece um antídoto para o corpo
numa esfera temporal, porém assegura a cura plana do corpo numa esfera
escatológica. A morte precisa seguir o seu curso dentro do desígnio de Deus.
Ela faz parte da maldição do pacto. Todavia, ela não tem mais a hegemonia. Ela
foi vencida pela morte e ressurreição de Cristo.
Por
isso, a fé presente é a garantia da ressurreição para a vida eterna. O cristão
precisa encarar a morte não como o final da vida, mas como uma transição.
Precisamos olhar para a morte como um ponto final a existência temporal, o qual
inaugura o início da vida eterna. A morte não tem mais a supremacia sobre a
vida, porque, com a ressurreição de Cristo, os dias da morte estão contados. A
Palavra de Deus diz: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos,
sendo ele as primícias dos que dormem” (1Co 15. 20). Cristo venceu a
morte. Ele deu o gancho de direita no seu queixo. Ela está no balão de
oxigênio, aguardando o dia em que será vencida definitivamente. O fato
histórico da ressurreição de Lázaro serviu de sinal concreto para ratificar o
ensino de Cristo (Jo 11. 25, 26). Ele teve efeito temporal e também
escatológico, porque o milagre tem relação com o passado, o presente, porém,
sobretudo, aponta para o futuro.
Cristo
trata de duas coisas nesse texto. Primeiro, Ele não ignora a realidade cruel da
morte. Segundo, Jesus trata da questão da vida pós-morte. Ele fala sobre a
ressurreição, a esperança de todo aquele que Nele crê. Irmãos, entendamos uma
coisa: o amor de Deus não impede que seus amados sejam vitimados pela morte,
mas o amor de Deus não pode permitir que eles fiquem no túmulo. Com isso, Jesus
exige uma decisão de fé e pergunta: “Crês isto?” (Jo 11. 26). Qual é a sua
resposta?
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