DECRETO: A CAUSA DA REPROVAÇÃO

DECRETO: A CAUSA DA REPROVAÇÃO

A doutrina da reprovação é uma das mais controversas entre os cristãos. Muitos teólogos admitem a doutrina da eleição como sendo bíblica, mas não concordam com o ensino da reprovação dos ímpios. Para alguns a doutrina da reprovação tem como base as obras, porém a Bíblia ensina o contrário. A Escritura ensina que tanto a eleição como a reprovação tem como fundamento o decreto divino. Sendo assim, a reprovação dos ímpios tem como causa primária o eterno decreto de Deus.

Calvino aborda essa questão salientado que Deus preordenou alguns homens para a salvação e alguns para condenação. Dois destinos aguardam os homens, logo alguns foram predestinados para a vida eterna, mas a outros foram destinados para a morte eterna. Alguns Deus elegeu para a salvação, a outros, porém rejeitou. Sua abordagem tem como fundamentação a Escritura, mas, além disso, ele usa a lógica: se admitimos a eleição como causa do decreto, logo é preciso admitir também a reprovação. Além disso, o destino que Deus reservou para cada homem tem como fundamento o decreto, e, não as obras praticadas.1

Portanto, a reprovação não é um resultado daquilo que o homem fez ou deixou de fazer, mas tem como causa o decreto. Desta forma, a reprovação não deve ser confundida com a condenação. A primeira tem como pilar o decreto, a segunda é decorrente dos atos praticados pelos homens. 1. Para uma análise aprofundada sugerimos: CALVINO, João; As Institutas – Vol 3, Edição Clássica, Cultura Cristã. Cap. XXI, Seção – 5; Cap. XXII, Seção – 11; Cap. XXXIII, Seção – 1).

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