Plantio de Igrejas uma Obra Divina com a Instrumentalidade Humana


Nos dias atuais muito se fala sobre a necessidade de crescimento de igrejas, plantação de igrejas, avanço do evangelho. As prateleiras das livrarias evangélicas do mundo inteiro provavelmente têm um livro sobre qualquer um desses temas que estão intrinsecamente ligados.
Ainda que várias pessoas se posicionem sobre o que elas pensam sobre o tema plantio de igrejas, não se deve acatar o que se é dito sem uma análise bíblico-teológica do que se está sendo dito. Impreterivelmente a pessoa que busca se familiarizar com o assunto de plantio de igrejas, deve partir da bíblia para chegar as suas conclusões, a despeito até mesmo dos resultados que a proposta diz que se venha obter, ou inclusive no gabarito da pessoa que está falando acerca desse assunto. E é baseado nisso que se segue a proposta de se pensar menos em estratégias e pensar mais em vidas. Não que as mesmas não sejam válidas, pois são, conquanto há uma busca frenética nos métodos de alguns líderes evangélicos e pouca importância sobre as vidas que serão salvas.
Deve-se pensar menos em encher igrejas e mais em esvaziar o inferno. Normalmente não se pensa no indivíduo, mas no coletivo; não se pensa em uma alma que poderá ser salva, mas na igreja que será plantada. Não que a segunda proposta seja errada, o errado é a motivação do coração corrupto do ser humano, que pensa no status de ser considerado como um plantador de igrejas, ao invés de se pensar na alma que está indo para o inferno e que precisa dele para ouvir a mensagem que pode desviá-lo desse caminho. Talvez essa seja a razão da quantidade ínfima de pastores que se dispõem a abrir novos campos, a saber, a falta de status imediato.
Por isso, o plantio de igrejas não pode, nem deve ser definido em termos de treinamento e habilidade, mas sim pelo poder e desejo de Deus em salvar vidas. Cristo não visou o coletivo, mas o indivíduo que compõe o coletivo. Se fizermos assim, pensaremos mais no próximo do que nos resultados, ou seja, em nós mesmos, e conseqüentemente os resultados virão.
Ainda diante dessa dificuldade hodierna, além de se pensar nos resultados, pensa-se que os mesmos devam ser imediatos. O despautério da ideologia dos resultados tem feito com que a igreja cresça, mas não de forma sadia. Diante dessa realidade Bill Hybels e a associação Willow Creek, conhecida e reconhecida mundialmente pelos resultados que alcançaram, reconhece que na proposta de trazer os homens à Cristo, eles falharam, pois deveriam ter ensinado-os a ler suas bíblias entre os cultos, bem como praticar suas disciplinas espirituais de forma individual.
A proposta deste artigo não é ligar a idéia de que para um plantio de uma igreja sadia, a mesma não deva crescer, ou que cresça a passos lentos, mas é de que o plantio de uma igreja sadia não visa o crescimento sem uma fidelidade às Escrituras.
Qual a proposta então para que uma igreja possa ser plantada e de forma sadia? Primeiramente, a propagação do evangelho deve fluir de forma abundante. Os membros devem se envolver nessa missão também, todos devem se imbuir dessa responsabilidade, desde a criança ao idoso. Fazendo assim, as pessoas virão a Cristo. Depois disso, um acompanhamento espiritual deve ser estabelecido pelos líderes da igreja local.
Se a proposta da igreja for essa, a saber, todos os membros de uma comunidade local envolvidos na missão da propagação do evangelho, o mundo será permeado pela proclamação da Palavra do Senhor, conseqüentemente virão as conversões, que por sua vez levará a organização de igrejas locais. Destarte, diante do exposto é mister se concluir que o plantio de igrejas sadias é uma obra divina com a instrumentalidade humana.
Rev. Danilo Alves

5 comentários:

Fábio Henrique disse...

Rev. Danilo, gostei muito do texto. Acho fantástico o fato de sermos participantes ou agentes do reino de Deus. Mesmo com todas as precauções que precisamos ter. Mesmo em face das nossas fraquezas e deficiências. Mesmo diante dos grandes desafios. Ainda assim, o plantio de igreja é uma obra divina através da instrumentalidade humana. Parabéns Rev., Deus o abençoe no plantio de igrejas. Dê um abraço em Kelly por nós.

SINESIO CARLOS DOS SANTOS disse...

Rev. Danilo,

Gostei muito das considerações propostas neste post e compartilho de boa parte destes pensamentos. Quero pedir sua autorização para incluir este comentário em um material que estou elaborando, cujo tema é o plantio de igrejas. Como posso entrar em contato contigo?

Anônimo disse...

Sinésio,

bom dia. Não sei se o Rev. Danilo lhe respondeu, mas como membro do blog autorizo vc a publicar o texto, contudo cite a fonte e o autor por gentileza. Ah! Obriagdo por visitar nosso blog. Abs. Em Cristo,

Rev. Fábio Henrique

Anônimo disse...

Fábio,


sim, o Rev. Danilo que respondeu.
Muito obrigado. Usei o texto no Livro Texto Administração Eclesiástica e Implantação de Igrejas, Instituto Teológico Quadrangular.

Abraços e que Deus abençoe muito a vocês.

Anônimo disse...

Grato

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